PT denuncia à comunidade internacional violência de grupos de direita no Sul do País

Para denunciar à comunidade internacional os graves fatos ocorridos durante a passagem da caravana do ex-presidente Lula pelo Sul do Brasil, a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, e o embaixador Celso Amorim participam nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, de uma entrevista coletiva com a imprensa internacional. A entrevista será às 15h, no Rio Othon Palace.

A caravana, que percorre a região Sul desde o dia 19 de março, vem sendo alvo de violência e agressões praticadas por uma minoria formada por grupos de direita. A direção nacional do Partido dos Trabalhadores já adotou providências para denunciar esses episódios lamentáveis que ferem o princípio da disputa democrática, que é o respeito à vontade da maioria da população brasileira.

Em nota oficial, O PT afirmou que o País não pode conviver com a violência de setores autoritários, que usam métodos fascistas para calar e interditar aqueles de quem discordam. E que o Estado não pode se omitir perante esses atentados, que não atingem apenas o PT, mas a democracia e a liberdade.

Resumo dos acontecimentos:

Segunda-feira, 19 de março de 2018

Bagé
O caminho da caravana até o campus da Unipampa foi bloqueado por tratores, caminhões e máquinas agrícolas. Os ônibus tiveram de passar por um desvio. Os grupos agressores aproximaram-se do ônibus com a conivência do policiamento e atiraram paus, pedras e rojões contra os ônibus e contra as pessoas que aguardavam nossa chegada. A janela lateral do ônibus do presidente Lula foi estilhaçada por uma pedra. Milicianos a cavalo usaram chicotes para agredir as pessoas. Portavam armas de fogo, facas e correntes de ferro.

Terça-feira, 20 de março de 2018

Santa Maria
O campus da Universidade Federal de Santa Maria foi invadido por cerca de 200 milicianos, que agrediram os estudantes e professores que aguardavam a caravana. Agrediram os estudantes com pedras, varas de bambu e, novamente, os chicotes, que simbolizam a prepotência desses grupos oriundos da Casa Grande. A Brigada Militar, que entrou no campus para isolar os dois grupos, voltou sua cavalaria contra os estudantes e professores. A Brigada não impediu que os ônibus fossem hostilizados e atacados na saída do campus.

Quarta-feira, 21 de março de 2018

São Borja
O acesso principal à cidade foi bloqueado desde o início da manhã por tratores, caminhões e máquinas agrícolas, apesar da presença da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal. Os chefes das milícias anunciavam que Lula não entraria na cidade de Getúlio Vargas e João Goulart. Seus capangas aguardavam a chegada da caravana com barras de ferro, correntes, rojões e pedras. Havia armas de fogo. Dois militantes ficaram feridos.

Quinta-feira, 22 de março de 2018

Entre-Ijuís
Ao passar pelo entrada da cidade, os ônibus da caravana foram mais uma vez alvejados com pedras e ovos, lançadas por agressores postados nas duas margens da rodovia, apesar da presença de policiamento no local.

Cruz Alta
Grupos de milicianos agrediram pessoas presentes ao ato público da caravana. Quatro mulheres foram covardemente agredidas a socos e pontapés e tiveram seus pertences roubados. A polícia limitou-se a registrar queixa.

Sexta-feira, 23 de março de 2018

Passo Fundo
Da mesma forma que ocorreu em São Borja, as milícias bloquearam o trevo de acesso à cidade com tratores, caminhões e máquinas agrícolas. Estavam dispostos dos dois lados da rodovia, com armas de fogo, correntes e barras de ferro. Mesmo diante do policiamento, paravam automóveis na estrada e agrediam pessoas que identificavam como petistas.

Chapecó
Ao tomar conhecimento de que Lula se dirigia à cidade, onde embarcaria num voo para Porto Alegre, grupos agressivos tentaram fechar o aeroporto da cidade.

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também