Pronaf atua na inclusão social com financiamento recorde

21-06-10-pronaf-D1Um milhão de famílias brasileiras que vivem da agricultura familiar tiveram ascensão social no ano de 2009. Estes pequenos agricultores fazem parte dos 32 milhões de brasileiros que saíram das classes D e E para a classe C, no ano passado. Segundo matéria pública no jornal O Valor desta segunda-feira (21), nos últimos dez anos, todas as linhas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), desde a safra de 1998/1999 até a safra 2009/2010 – ainda não encerrada – resultaram em 14.669.811 contratos. Os empréstimos concedidos a agricultores familiares, assentados da reforma agrária, artesãos e aquicultores, representam R$ 63,67 bilhões. O montante aplicado pelo Pronaf na última década subiu 501,86%.

Na safra 1999/2000, o empréstimo concedido alcançou R$ 2,15 bilhões, pulando para R$ 10,79 bilhões na safra 2008/2009. Além do reforço significativo no montante destinado ao Pronaf, o deputado Geraldo Simões (PT-BA), destaca que foi o governo Lula que abriu as portas dos bancos para os pequenos agricultores. “No governo Fernando Henrique Cardoso era destinada uma quantia pequena para o setor e não havia qualquer programa, orientação ou divulgação para que os trabalhadores da agricultura familiar tivem interesse ou acesso a essa linha de crédito rural”, afirmou Simões.

O deputado fez questão de enfatizar que o último orçamento do governo FHC para a safra agrícola de 2002/2003 foi de R$ 3,6 bilhões. Já o último orçamento do governo Lula para a safra de 2010/2011 é de R$ 13 bilhões. “Vale ressaltar ainda que, no governo Lula, foi criada toda uma política de incentivo à agricultura familiar. Hoje, qualquer produção, seja ela mini, pequena ou média pode contar com assistência técnica dos órgãos governamentais”, disse Geraldo Simões, acrescentando que o resultado concreto de tudo isso são as estatísticas do IBGE que mostram a ascensão social dos pequenos produtores rurais e as pesquisas que revelam que a maior produtora de alimentos hoje no Brasil é a agricultura familiar.

“Hoje os técnicos agrícolas visitam as pequenas produções, levam informações, dão assistência técnica, explicam sobre financiamento e estão abrindo as portas dos bancos para os pequenos agricultores”, enfatizou Geraldo Simões. Ele ilustrou que em 2002 o governo FHC destinou R$ 24 milhões para a assistência técnica. Este ano, no governo Lula, a assistência técnica tem um orçamento da ordem de R$ 500 milhões. Ainda segundo o deputado, em 2002 apenas 290 produções contavam com a assistência técnica. Este ano são 2,3 milhões de agriculturas familiares com assistência técnica.

O secretário nacional da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adoniram Sanches Peraci, reforça que o microcrédito do Pronaf é a porta de entrada ao banco para os mini-fundistas que trabalham em área de até dez hectares. “Fora do sistema financeiro nacional, eles pegavam dinheiro de agiotas, comerciantes e outras fontes a custos bem maiores”, disse.

Adoniram Peraci destacou que a linha de crédito do Pronaf promove a inclusão social e a democratização ao crédito para famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas, quilombolas e indígenas que desenvolvem atividades produtivas no meio rural. Dos 4,4 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares, contabilizados no Brasil pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2 milhões tem renda anual de R$ 6 mil ao ano, ou seja, R$ 500 por mês. “Por isso, a linha reservada ao público de baixa renda no campo, tem sido um grande destaque para a inclusão social”, acrescentou o secretário.

Vânia Rodrigues, com O Valor

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também