Projeto proíbe expansão da cana no Pantanal e na Amazônia

O governo federal lançou nesta quinta-feira o Zoneamento Agroecológico (ZAE) da cana-de-açúcar, que vai ordenar a expansão da produção agrícola e garantir a atividade sustentável com salvaguardas socioambientais. O projeto proíbe o plantio da planta na Amazônia, no Pantanal, na Bacia do Alto Paraguai e em áreas com cobertura vegetal nativa.

Um projeto de lei com as normas que regulamentam o plantio da cana-de-açúcar será enviado na próxima semana ao Congresso Nacional. O texto prevê um calendário para a redução gradual, até 2017, de queimada da cana-de-açúcar em áreas onde a colheita é mecanizada.

A previsão é dobrar, até 2017, os atuais 7 milhões de hectares de área plantada de cana-de-açúcar. Para os novos 7 milhões de hectares a serem incorporados, o ZAE da cana servirá como garantia de aceitação do etanol brasileiro no mercado internacional.

Para o deputado Pedro Wilson (PT-GO), o zoneamento da cana-de-açúcar põe fim à desregulamentação no uso do solo brasileiro. “A iniciativa vem em boa hora. É importante termos políticas planejadas. Não podemos deixar que o espaço brasileiro seja ocupado de forma desregulamentada”, afirmou.

Segundo Pedro Wilson, a iniciativa deve ser estendida a outros biomas e a outras atividades econômicas.”O presidente Luiz Inácio Lula da Silva certamente vai trabalhar esse tema para biomas como o Cerrado. Precisamos de ajustes para o desenvolvimento sustentável, seja para a cana, a soja ou o gado. Todos têm espaço, mas não podemos deixar que cada um faça o que quiser do Brasil”, afirmou o parlamentar.

Dante Accioly, com informações do Ministério do Meio Ambiente

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