O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, em reunião com a Bancada do PT na Câmara nesta quinta-feira (21), destacou que os programas do governo Lula de combate à fome e à miséria são hoje, de novo, referências mundiais.
Desde o relançamento, em março deste ano, o Bolsa Família já incluiu 2,15 milhões de novas famílias. A marca foi alcançada neste mês de setembro, quando o programa de transferência de renda do Governo Federal fez 550 mil novas concessões. São 21,47 milhões de famílias atendidas no mês, a partir de um investimento de R$ 14,58 bilhões.
Na reunião, coordenada pelo líder da bancada, Zeca Dirceu (PR), Wellington Dias frisou a importância do pronunciamento de Lula na abertura da 78º Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Lá, recordou o ministro, o presidente enfatizou a importância de haver mobilização mundial contra a fome, a desigualdade e a miséria. “É preciso uma nova governança mundial para cuidar dos países mais pobres”, disse Dias.
Brasil Fora do Mapa da Fome
Com o aumento da miséria provocado pelo modelo neoliberal do governo passado, a prioridade de Lula é tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome, cabendo ao MDS um papel estratégico. A pasta, conforme lembrou Wellington Dias, é responsável por coordenar algumas das principais políticas públicas voltadas para essa finalidade, como o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Brasil sem Fome.
Segundo o ministro, as ações em curso vão garantir a retirada do Brasil do Mapa da Fome, com transferência de renda, complemento de alimentação, medidas de combate à pobreza, e promoção social, conforme Lula sublinhou na ONU. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a cada R$ 1 investido no programa de transferência de renda provoca aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).
Wellington Dias informou que até dezembro será atualizado o Cadastro Único, para assegurar o direito aos benefícios às famílias legitimamente capacitadas a recebê-los, excluindo as que estejam em situação irregular. Os dados do Bolsa Família são integrados com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), para garantir que fiquem no programa apenas as famílias que estejam dentro dos critérios de renda estabelecidos.
Enfrentamento da Miséria
Dias observou que, em 1º de janeiro, quando Lula assumiu, havia no País 33 milhões de brasileiros passando fome. Em 2018, lembrou, o País tinha chegado ao menor patamar, com 18% da população na pobreza, ou seja, com uma renda abaixo de R$ 660 per capita. “Quando o governo atual assumiu, vimos 94,7 milhões de pessoas no Cadastro Único, o que significa algo próximo de 45%. Ou seja, subiu de 18% para 45% a pobreza no Brasil”, disse o ministro.
O ministro mencionou que várias ações têm sido implementadas para melhorar a qualidade de vida dos segmentos mais vulneráveis da sociedade. Citou como exemplo a criação, na quarta-feira (20), do Programa Quintais Produtivos das Mulheres Rurais. A iniciativa é coordenada pelos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O programa foi uma resposta às reivindicações da Marcha das Margaridas, com o objetivo de promover mais autonomia e renda às mulheres rurais. Até 2026, a meta é estruturar 92 mil quintais produtivos em todo o País. Para isso, foi firmado um acordo de cooperação técnica que prevê ainda o fomento produtivo para a aquisição de insumos e equipamentos, assistência técnica e apoio para a comercialização da produção pelas beneficiárias.
O ministro lembrou que o quintal produtivo trabalha a produção para que se tenha uma complementação alimentar, com uma horta, uma produção de tomate, de mamão, criação de aves, de pescados etc.
Redação PT na Câmara