Foto: Salu Parente/PTNACAMARA
Autoridades sudanesas afirmaram nesta quarta-feira (4), na Câmara, que desejam transferir para seu país as boas práticas adotadas pelo Brasil no campo da segurança alimentar e nutricional. A afirmação ocorreu durante encontro da delegação africana e representantes da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional do Congresso Nacional. A comitiva veio ao Brasil para, entre outros pontos, conhecer as experiências nacionais de combate à fome.
A comitiva do Sudão, recebida pelo coordenador do colegiado, deputado Padre João (PT-MG), contou com a presença de dirigentes dos ministérios da Economia, da Agricultura, do Bem-Estar Social, da Educação, e do parlamento sudanês.
Durante o encontro, o presidente da Frente explicou os avanços ocorridos no setor da segurança alimentar desde a chegada do PT ao poder. Segundo ele, “o Brasil avançou no acesso e na qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros”. “A partir do governo Lula, e agora com a presidenta Dilma, mais de 50 milhões de brasileiros tiveram direito à alimentação. E tudo isso graças a programas como o Fome Zero, o Bolsa-Família, de Aquisição de Alimentos (PAA) e da Alimentação Escolar (PNAE)”, explicou.
As boas práticas apresentadas foram elogiadas pelos membros da delegação sudanesa, que demostraram interesse em levá-las para o país do nordeste da África. “Temos interesse nos programas brasileiros de combate à fome, segurança alimentar e combate à pobreza. Vamos estudar essas boas práticas e transferi-las para o Sudão”, afirmou o presidente do Comitê de Agricultura da Assembleia Nacional do Sudão, Habib Mack Toum.
O coordenador da Frente disse ainda que além de garantir a segurança alimentar dos brasileiros, os programas também beneficiaram a agricultura familiar. Segundo Padre João, “com o PAA e o PNAE, o agricultor familiar tem para quem vender a produção, que é o governo, que assim contribui para distribuir renda e gerar empregos”.
Exemplo– O deputado Marcon (PT-RS), assentado da reforma agrária, citou a transformação experimentada na comunidade onde vive há 21 anos com as ações dos governos petistas. “No assentamento onde moro se produz arroz orgânico, sem veneno, e essa produção é comprada pelo governo para a alimentação dos estudantes nas escolas”, disse.
Héber Carvalho