Com apenas dois anos de criação, o Programa Mais Médicos impulsionou o atendimento à população indígena do país. Essa é a avaliação do médico e vice-líder do PT na Câmara, deputado Ságuas Moraes (PT-MT). A análise do parlamentar deu-se após conhecimento dos dados do Ministério da Saúde que apontam incremento no número de médicos que atuam nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Segundo os dados, esse número pulou de 247 para 582 médicos que atendem a essa população.
“O Mais Médicos é um programa fundamental para a população brasileira, em especial, a população indígena. O programa revolucionou o atendimento a uma população que antes era desassistida”, avaliou Ságuas.
Os dados do MS apontam ainda, que, dos 582 médicos, 292 são cubanos, oito são brasileiros formados no exterior, 26 intercambistas e nove avalizados pelo Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). Esses profissionais atendem mais de 600 mil indígenas que vivem em 305 povos residentes em 5.700 aldeias. Além dos 34 DSEI, existem, ainda, 354 Polos Bases, 68 Casas de Saúde Indígena (CASAI) e 751 postos de saúde distribuídos nas cinco regiões geográficas.
“É preciso reconhecer que o programa promoveu uma mudança substancial em todas as comunidades indígenas. Antes, nem todos esses povos eram contemplados com profissionais da área médica. Não fosse o Programa Mais Médicos, muitos estariam à mercê da própria sorte”, completou o petista, que também preside a Frente Parlamentar em Defesa dos Povos indígenas.
Para o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves, o programa do Governo Dilma foi oportunidade para se fixar o profissional médico nas áreas mais longínquas. “Veio para compor as equipes de saúde indígena que já eram formadas por técnicos de enfermagem, enfermeiros, dentista, auxiliar de saúde bucal, agentes de saúde indígena, mas, em muitos lugares faltavam os médicos. Principalmente nos territórios que compõem a Amazônia Legal, onde fica concentrada a maior população indígena no Brasil”, lembrou.
Benildes Rodrigues com Portal Brasil