Foto: Claudia Barreiros
Os ministros Arthur Chioro (Saúde), Henrique Paim (Educação) e Luis Inácio Adms, da Advocacia-Geral da União, subscreveram um artigo em que reforçam os pilares do Programa Mais Médicos e apontam a inciativa da presidenta Dilma Rousseff, como uma “revolução do ensino médico” no País. O artigo foi publicado nesta segunda-feira (7) no jornal Folha de S. Paulo.
Na avaliação dos ministros, as críticas de setores oposicionistas desviaram a centralidade do Programa Mais Médicos. De acordo com o texto, o eixo do debate que foi travado desde o início do programa recaiu sobre as ações de curto prazo. Com isso, elementos estruturantes e significativos passaram despercebidos. “As críticas perdem de vista que o pilar do Mais Médicos reside na reestruturação da formação médica”, aponta o texto.
O programa abrirá 11.447 novas vagas de graduação em medicina e mais 12 mil vagas de residência médica, até 2018. Além disso, cerca de 30% das novas vagas de graduação serão ofertadas pela rede federal, especialmente nas universidades que foram criadas no interior do país.
“Ao conjugar, por meio do programa, o atendimento da demanda por assistência básica em saúde e a reestruturação da formação de recursos humanos, estamos realizando uma grande revolução no ensino médico no Brasil”, diz trecho do artigo.
Para o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Amauri Teixeira (PT-BA) os ministros estão corretos em apontar a reestruturação da atenção básica e a formação médica como pilares que sustentam o Mais Médicos.
“O aspecto central do programa é este. Infelizmente, setores da mídia e da oposição não souberam dimensionar a importância do programa para o Brasil”, avaliou Amauri.
O petista lembrou que a partir da instituição do programa foram criadas mais de 11 mil vagas no curso de graduação e o mesmo número para a pós-graduação em medicina.
Amauri Teixeira disse que só na Bahia foram criados quatro novos cursos de medicina. Ele disse que essas inciativas atingem principalmente as cidades do interior com maior índice de pobreza e carência.
“Quase todos os estados brasileiros foram contemplados com as ações do Mais Médicos. Antes do programa, o Brasil tinha apenas 1800 vagas. Agora, esse número duplicou. Portanto, o programa não revoluciona apenas o atendimento básico, mas fundamentalmente o ensino médico”, assinalou.
Na avaliação do médico e deputado Dr. Rosinha (PT-PR), o programa “vai estruturar todo o sistema de ensino médico do País”. Ele acredita que em 20 anos, com novos profissionais no mercado, o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde pública do Brasil estarão reformulados.
Benildes Rodrigues