O programa Mais Médicos completou um ano de lançamento na terça-feira (8) e os resultados são para comemorar. Desde a implantação da iniciativa do governo federal, a média de atendimentos clínicos no País aumentou 35%. Hoje, são cerca de 14 mil médicos participantes, entre brasileiros e estrangeiros que atendem a 51 milhões de pessoas. Os profissionais foram enviados para comunidades que estavam a quilômetros de distância de consultórios – e ainda mais afastadas de uma cultura preventiva de saúde.
“Além de curar, nossa missão é mudar hábitos e estilos de vida. A gente só torna uma família mais saudável se entrar casa adentro”, conta a médica cubana Irianna Ramadan, lotada no município de Águas Lindas de Goiás, distante 50 quilômetros de Brasília.
A cidade goiana é apenas uma das 3.819 atendidas pelo programa em todo País. O número representa 100% dos municípios que solicitaram o recebimento de médicos ao governo federal. Há 12 meses, o Ministério da Saúde (MS) calculava que 700 cidades brasileiras não tinham nenhum médico.
A maior atenção na saúde básica se reflete também em outras etapas do atendimento. O encaminhamento de casos a hospitais, por exemplo, caiu em 20%. A presidenta Dilma elogiou essa capacidade do programa de desafogar do sistema de saúde. “Quando a gente trata o problema de saúde lá na base, a gente trata as doenças no seu início. Assim, você consegue controlá-las e até curá-las, e isso desafoga os hospitais e os serviços de urgência”, explicou. Hoje, 25% da população brasileira é atendida pelo programa.
A doutora Irianna enxerga a eficiência desse atendimento na prática. “Esse posto abriu quando eu cheguei na cidade. No início, era tanta gente que ficava lotado, nós não conseguíamos nem atender”, contou. “Agora você não vê mais fila aqui na porta”, completa a médica.
Ela foi uma das primeiras médicas estrangeiras a chegar no País e sofreu, no início, com a desconfiança de alguns colegas de profissão brasileiros que tinham medo de perder postos de trabalho. “Todos os meus conterrâneos foram heróis ao enfrentar o preconceito. Não viemos roubar emprego, viemos fazer o trabalho que não tinha quem fizesse – e que não podia esperar”, enfatizou.
Agência PT de Notícias com PT na Câmara