Durante entrevista nesta segunda-feira (29), na Câmara, o líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Casa, deputado Paulo Pimenta (RS) rebateu a falácia do governo ilegítimo de Michel Temer que insiste em ludibriar a população com assertiva fora da realidade do Congresso Nacional, sobre o número de votos para a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 287/16), que trata da Reforma da Previdência. “O governo tem menos votos do que tinha em dezembro”, ironizou.
“Os parlamentares foram para suas bases, conversaram com a população e, certamente, independentemente de toda essa quantidade absurda do dinheiro público que está sendo gasto – comprando espaços generosos em canais de televisão, emendas, nomeações – nada disso para o homem público tem mais importância do que o respeito da população da sua cidade, da sua região”, analisou.
Na avaliação de Pimenta, o governo não tem credibilidade junto à população para apresentar tema tão nefasto à vida de milhões de trabalhadores brasileiros. Lembrou o parlamentar que o ilegítimo é notoriamente reconhecido pela sociedade “como um governo corrupto e criminoso, que não tem legitimidade para mexer em tema como o da Previdência”.
Lembrou ainda o líder do PT que o presidente Michel Temer e o Ministro-Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, são aposentados milionários e o povo vê com desconfiança qualquer coisa que eles venham a dizer sobre o assunto. “Por isso, vamos derrotar o governo em fevereiro com mais votos que faríamos em dezembro”, reiterou.
Mundo Paralelo – Questionado sobre a afirmativa do governo acerca do pretenso entendimento da sociedade sobre a reforma apresentada, Pimenta afirmou que nada se pode esperar de um governo que, desde que se abancou ilegitimamente do Palácio do Planalto, se depara com índices crescente de rejeição. “Esse presidente não merece nenhuma seriedade. Ele vive num mundo paralelo. Há uma rejeição de 97% da sociedade brasileira em relação a ele e os outros 3% são indecisos. Eu não conheço ninguém que apoia esse presidente ou esse governo”, alfinetou Pimenta.
Mobilização – Além de não contar com os 308 votos necessários para a aprovação da reforma, o líder do PT disse que o ilegítimo vai enfrentar intensas mobilizações da sociedade civil organizada. Enfatizou ele que a reforma de Temer retira direitos dos aposentados e dos trabalhadores do setor público e privado que recebem menores salários. Ao mesmo tempo, alegou Pimenta, os grandes salários, as grandes distorções (salários acima do teto), os grandes esquemas de sonegação que precisariam ser mexidos não constam da proposta do governo. “É uma proposta falaciosa, mentirosa e, por isso, ela será derrotada”, afirmou o líder do PT que previu que essa matéria será examinada definitivamente no mês de fevereiro.
Benildes Rodrigues