A economia brasileira cresceu 0,60% no terceiro trimestre de julho a setembro, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado pelo mercado uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB). É a maior expansão desde o segundo trimestre de 2013, quando o indicador avançou 1,47%, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (17), pelo Banco Central.
Apenas em setembro, o avanço foi de 0,40% ante agosto, quando a alta foi de 0,20%. Nos três meses anteriores (abril-junho), houve uma queda de 0,79% em relação ao período janeiro-março. Os números de agora ficaram acima da média prevista pelo mercado, que girava em torno de 0,1%, e indicam que economia saiu da chamada “recessão técnica” observada nos dois primeiros trimestres do ano, entrando em trajetória de recuperação neste segundo semestre de 2014.
Para o deputado Claudio Puty (PT-PA), as ações do governo para retomar o crescimento lograram êxito. “Esses números demonstram que a política de expansão fiscal aplicada pelo governo foi correta, pois permitiu a nossa recuperação mesmo num internacional de muita incerteza. Além disso, fica reafirmada a necessidade mudança na LDO para que possamos ter um superávit menor”, afirma Puty.
O deputado Pepe Vargas (PT-RS) destaca a importância destes sinais de recuperação brasileira no contexto de crise internacional. “São números positivos que mostram que as políticas anticíclicas do governo têm conseguido segurar a economia nacional nesse momento de desaceleração econômica do mundo. O Japão passou por recessão, a Europa continua mergulhada na crise e os Estados Unidos dão lentos sinais de recuperação, numa situação parecida com a nossa. E devemos ressaltar que a nossa política econômica tem conseguido manter os níveis de emprego e renda da população”, avalia o parlamentar gaúcho.
Pepe Vargas critica ainda a política do “quanto pior, melhor” da oposição conservadora. “Essa recuperação joga por terra os argumentos da oposição, que sempre tenta colocar um quadro muito pior do que é a realidade, sempre tentar promover um terrorismo econômico”, conclui o deputado.
Os dados também confirmam a previsão do Banco Central, de que haveria uma recuperação da economia no segundo semestre, após a retração verificada no primeiro semestre.
Na série com ajuste sazonal (descontando-se os fatores temporários), a alta foi de 0,40% em setembro ante o mês anterior. O número passou de 146,66 pontos em agosto, na série dessazonalizada, para 147,25 pontos em setembro. Na comparação entre setembro de 2014 e setembro de 2013, a expansão foi de 0,92%, na série sem ajustes sazonais, que também registrou um IBC-Br em 148,65 pontos.
Em 12 meses encerrados em setembro de 2014, o crescimento também foi de 0,60% na série sem ajuste. No acumulado do ano até setembro, o indicador apresenta leve alta de 0,01%.
O IBC-Br é um indicador criado pelo Banco Central para tentar verificar antecipadamente o desenvolvimento do País, a partir da observação de variáveis oriundas de três setores-chave da economia: agropecuária, indústria e serviços. A estimativa sobre a atividade econômica incorpora a produção estimada para esses setores, mais os impostos sobre produtos.
O cálculo considera a variação da média dos valores mensais apurados em cada trimestre, com ajuste sazonal. Os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre, apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serão divulgados no dia 28 de novembro.
Blog do Planalto com informações do Banco Central