A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), caiu de 0,17% em julho para 0,14% em agosto deste ano. A taxa é inferior à de agosto do ano passado, quando chegou a 0,16%.
Essa é a menor taxa para meses de agosto desde 2010, quando registrou 0,01% em julho e 0% em junho. Os dados foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O recuo foi impulsionado, principalmente, pelos preços dos alimentos, que tiveram queda de 0,32% na prévia de agosto. No ano, de janeiro a agosto, o índice acumula alta de 4,32%. Em 12 meses, o acumulado é de 6,49%, abaixo do teto da meta de inflação definida pelo governo, que é de 6,5%.
“A política econômica está correta, tanto é verdade que quem fica alardeando que a inflação vai disparar e o PIB (Produto Interno Bruto) vai cair sempre é desmentido pela realidade. A demonstração é essa: a inflação cai, e cai principalmente nas grandes cidades”, avaliou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Queda nos preços – Entre os produtos alimentícios que ficaram mais baratos no período, estão a batata-inglesa (-20,42%), o tomate (-16,47%), o feijão-carioca (-5,49%), as hortaliças (-5,13%), o óleo de soja (-3,17%) e o feijão-preto (-3,11%).
Também foram verificadas quedas nos preços dos grupos de despesas pessoais (-0,67%), comunicação (-0,84%) e vestuário (-0,18%), enquanto as maiores altas foram puxadas pela alta na energia elétrica (4,25%), com reflexos em habitação (1,44%). Houve alta também em transportes (0,2%).
No grupo habitação, a inflação também foi puxada pelo aumento de preços dos artigos de limpeza (1,47%), taxa de água e esgoto (1,37%), condomínio (1,36%), aluguel residencial (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%).
Maiores altas – A liderança na relação dos principais impactos do mês ficou com a energia elétrica, que, com aumento de 4,25%, deteve 0,12 ponto percentual do índice. Isso ocorreu sob influência das variações nas contas das regiões metropolitanas de Curitiba (23,85%), refletindo o reajuste de 24,86% autorizado em 22 de julho e retroativo a 24 de junho.
Em São Paulo (9,55%), o reajuste foi de 18% nas tarifas a partir de 4 de julho; e Belém (6,80%), com reajuste de 34,41% em 7 de agosto. Assim, o aumento da energia, aliado a outros itens, levaram as despesas com habitação (de 0,48% em julho para 1,44% em agosto) ao mais elevado resultado de grupo no mês.
PT na Câmara com Agências