Pressionado, Temer volta atrás e concede reajuste assegurado por Dilma para o Bolsa Família

TerezaCampelo Gustavo

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma, Tereza Campello, afirmou nesta quarta-feira (29) que mais uma vez o presidente interino e golpista Michel Temer teve que voltar atrás no desmonte que vem promovendo nas políticas públicas brasileiras. “Extremamente pressionado ele teve que conceder o aumento para os benefícios do Bolsa Família”, afirmou a ministra. Ela lembrou que a presidenta Dilma já tinha anunciado um reajuste de 9% para o benefício há quase dois meses, no dia 1º de maio. O reajuste do programa, que atende 13,9 milhões de famílias no País, deveria ter entrado em vigor no dia 17 de junho. 

Tereza Campello destacou que, além de ter cancelado o reajuste anunciado pela presidenta Dilma, Temer chegou a anunciar que promoveria cortes que afetariam milhões de famílias do programa. A ministra avaliou que o anúncio do reajuste hoje, de 12,5% para o Bolsa Família, a partir de 17 de julho, é uma confirmação de que o aumento concedido pela presidenta Dilma era legal. “Diziam que a autorização dada por Dilma era ilegal, que era irresponsabilidade fiscal e era eleitoreira. Agora pode?”, questionou Tereza, em nota divulgada nesta quarta (veja a íntegra no final da matéria).

Para Tereza Campello, “ficou insustentável para o governo Temer usar “R$170 bilhões beneficiando apenas o judiciário e outras categorias e não encontrar R$ 1 bilhão para o reajuste dos mais pobres”.
A ministra disse ainda que vale destacar que, atualmente 14.866.317 crianças e adolescentes são beneficiados com o programa e cerca de 96% (14.253.726) delas possuem frequência escolar de mais de 75% (para adolescentes) e de 85% (para crianças).

Golpe – Tereza Campello aproveitou ainda para reafirmar que o golpe que está em curso no Brasil é contra a democracia, é contra as políticas sociais e contra os mais pobres. Ela enfatizou que se a regra de ajuste fiscal do governo Temer já estivesse valendo em 2015, os investimentos em saúde teriam sido 32% menores e em educação, a redução seria de 70%.

“A PEC 241, do governo golpista, que desvincula os investimentos em saúde e educação do Orçamento e vincula com a inflação do ano anterior, é criminosa. Vai comprometer a vida especialmente das nossas crianças e o futuro de toda uma geração e do Brasil”.

Veja, abaixo, a íntegra da nota da ministra Tereza Campello:

O governo golpista achava que não conceder o reajuste do Bolsa Família anunciado pela Presidenta Dilma iria ficar impune. Mais uma vez, Temer é pressionado e é obrigado a voltar atrás.
Diziam que a autorização dada por Dilma era ilegal, que era irresponsabilidade fiscal e era eleitoreira. Agora pode?

Finalmente reconhecem que o reajuste dado pela presidenta era legal, correto e responsável.
Tereza Campello

Vânia Rodrigues

Foto: Gustavo Bezerra/PTNACÂMARA
 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também