Presidente Lula participa de Cúpula da União Africana

lula_3O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa na próxima semana da 13ª Cúpula da União Africana (UA), que vai ocorrer em Sirte, na Líbia, de 01 a 03 de julho. Convidado especial, o Brasil será a única nação não africana a participar do encontro.

Com a intenção de ampliar as redes comerciais e de cooperação com o continente, Lula “reafirmará o compromisso de longo prazo do Brasil com o desenvolvimento da África”, como informou o seu porta-voz, Marcelo Baumbach. Segundo Baumcah, nos últimos anos a África se tornou uma das prioridades para o governo brasileiro, que fez das relações com esse continente “uma política de Estado”.


O convite, feito pelo líder líbio, Muammar Kadafi, que ocupa a presidência rotativa da UA, ganhou as páginas internacionais. No Congresso brasileiro, parlamentares ligados à política internacional brasileira acreditam que o convite ao governo brasileiro é um reconhecimento da política externa solidária que o país dispensa ao continente africano.


“Desde que assumiu, o presidente Lula colocou o Brasil no cenário mundial, mudando radicalmente o rumo da política externa. Desde então, o país adotou uma relação soberana com os grandes blocos mundiais e solidária com os países mais pobres, especialmente com o continente africano. Essa relação coloca Lula entre os grandes estadistas do mundo. Este honroso convite, é nada mais que o reconhecimento da solidariedade com que a política externa brasileira vem tratando os países africanos”, avaliou o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).

O petista destacou o ganho cultural com a criação Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab), que oferecerá cursos para estudantes africanos gratuitamente no Brasil. A universidade será construída no estado do Ceará.


Expansão comercial – O deputado Maurício Rands (PT-PE) destacou o amplo crescimento das relações comerciais entre o Brasil e o continente africano, que saltou de US$ 5 bilhões anuais em 2003, para cerca de US$ 26 bilhões no ano passado. “Diferente do governo Fernando Henrique Cardoso, que concentrou as relações comerciais apenas com a Europa e Estados Unidos, o governo Lula diversificou sua política externa, que hoje é amplamente reconhecida em todo o mundo. Todos os dados da cooperação entre Brasil-África revelam o tratamento solidário do governo Lula com os países irmãos africanos”, destacou Rands.

Cooperação – Atualmente a África é o quarto parceiro comercial do Brasil. Em 2008, o comércio com o continente significou 7% do total da balança exterior brasileira. Nos últimos anos o país ampliou significativamente a participação diplomática nesse continente e hoje tem embaixadas espalhadas por 34 dos 54 países que integram o bloco.


Já existem vários projetos de cooperação entre o Brasil e países africanos em andamento. Um exemplo é a formação de uma fazenda modelo no Mali para produção de algodão com tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No projeto, que visa aprimorar técnicas de melhoria de solo, adaptação de sementes e ganhos de produtividade, o governo brasileiro, já investiu cerca de US$ 4 milhões. Na área de saúde, o país já aportou cerca de US$ 8 milhões para instalação de uma fábrica de medicamentos genéricos e antirretrovirais para o tratamento da AIDS em Moçambique. A fábrica é fruto de transferência de tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e deve começar a produzir até o final do ano.


Convênios – Durante o encontro, serão assinados três convênios entre Brasil e União Africana, todos dirigidos a reforçar a cooperação para o desenvolvimento. O primeiro dos acordos propõe estender a todos os países da África um projeto para melhorar a produtividade das indústrias algodoeiras de Mali. O segundo se refere à cooperação em agricultura e ao fortalecimento dos pequenos produtores e seu acesso aos mercados domésticos, regionais e internacionais. Já o terceiro será centrado na cooperação para o desenvolvimento humano e social, a assistência em saúde aos grupos mais carentes, e abrangerá também as áreas de cultura e esporte como ferramentas de inclusão social.

Edmilson Freitas com agências

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