Presidente do TCU dará celeridade à representação contra a Petrobras, diz Marco Maia

O deputado Marco Maia (PT-RS) participou de reunião nesta terça-feira (13) em Brasília, com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro. Ao deixar o encontro, o parlamentar gaúcho afirmou que o TCU já designou o ministro Aroldo Cedraz como relator da representação protocolada por Marco Maia na PGR no dia 8, em que o deputado solicita que seja investigado o desperdício e o prejuízo causado aos cofres públicos e à sociedade, pela Petrobras, por conta de o cancelamento unilateral do contrato de construção e da montagem de duas plataformas petrolíferas, a P-71 e P-72, em Rio Grande. “Conversamos hoje [13] com o presidente do TCU para que ele investigue o mais rápido possível essa questão, e ele se comprometeu conosco em fazer isso”, frisou Marco Maia.

As duas plataformas estavam praticamente prontas no Polo Naval de Rio Grande (RS), e agora estão sendo vendidas como sucata para a metalúrgica Gerdau. Recentemente, a mesma Petrobras encomendou a uma empresa chinesa o mesmo material para montar novamente as mesmas plataformas, desta vez no estado do Espírito Santo (ES).

Segundo Marco Maia, o presidente do TCU garantiu que o tema terá prioridade dentro do Tribunal de Contas da União. “O presidente do Tribunal de Contas disse que há legitimidade no pedido que foi feito por nós, pela Bancada do PT, e também assinado pelo líder Paulo Pimenta (PT-RS). O processo já começou a tramitar no TCU. E nossa expectativa é que imediatamente a Petrobras seja chamada para dar as explicações necessárias sobre esta decisão tomada de forma unilateral que prejudica o Rio Grande do Sul e o erário da própria Petrobras, uma vez que já foram investidos R$ 2 bilhões na construção dessas plataformas lá em Rio Grande”, detalhou Marco Maia.

Representação – Na representação protocolada por Marco Maia na PGR, e também assinada pelo líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS) e pelo vereador do PT de Rio Grande, Benito Gonçalves (Benito Metalúrgico), é pedido a instauração de um inquérito criminal contra o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pelo prejuízo causado com a venda de 80 mil toneladas de peças e aço que seriam das plataformas P-71 e P-72, vendidas como sucata.

A representação acusa Pedro Parente de “jogar no lixo vultosos investimentos alocados para a construção das plataformas”. “Por outro lado, novos e vultosos investimentos, serão feitos agora na China, e posteriormente no Espírito Santo, para a construção das mesmas plataformas que poderiam ser concluídas no Estaleiro Rio Grande”, denuncia o documento.

Além dos prejuízos aos cofres públicos, na representação entregue à ministra Ana Arraes, do TCU, Marco Maia e o vereador Benito Metalúrgico ressaltaram que a paralisação da montagem das plataformas causou enormes prejuízos econômicos e sociais a cidade de Rio Grande e região. O documento afirma que a decisão da Petrobras causou “o desemprego de milhares de trabalhadores e que agora não têm perspectivas de recolocação no mercado de trabalho, dívidas a empresários que investiram na expansão dos negócios e que estão sem dinheiro para honrar os compromissos firmados, além do aumento do índice de criminalidade no município”.

Heber Carvalho e Assessoria

Foto: Jocivaldo Vale

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