O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, conclamou os trabalhadores brasileiros a se organizar e defender a liberdade de Lula nas suas bases. A convocação foi feita nesta terça-feira (10), durante ato no acampamento Lula Livre em Curitiba, maior foco de denúncia e resistência contra a prisão injusta e ilegal do presidente mais popular do Brasil. “Lula é preso político e só está preso por ter anunciado o referendo revogatório da Reforma Trabalhista”, lembrou Freitas.
Na avaliação do presidente da CUT, os trabalhadores têm que considerar a liberdade de Lula como uma bandeira a ser incluída na campanha salarial. “Lula é a defesa do trabalhador, Lula é quem vai revogar a Reforma Trabalhista. Com Lula nossa Previdência não será entregue ao capital”, enfatizou.
Vagner Freitas defendeu que cada movimento social, sindical mobilize as pessoas para que participem da vigília em Curitiba e fortaleça o movimento nacional nos estados. “Temos que lutar diariamente até a liberdade de Lula. Ele tá preso porque enfrentou o capitalismo, porque não vai deixar vender as nossas riquezas naturais, porque não vai privatizar a Eletrobras, a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica”, destacou.
Dia de Luta – Nesta quarta-feira (11) a CUT realiza o dia de luta em todo o Brasil. Neste dia, o ministro Marco Aurélio Mello vai levar ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) uma liminar protocolada pelo PEN (Partido Ecológico Nacional) para que a Suprema Corte paute as duas Ações Declaratórias Constitucionais sobre a execução da pena após condenação em segunda instância, como é o caso de Lula.
Além da realização de grandes manifestações nas principais cidades do País nesta quarta-feira, a CUT já definiu calendário com atos no dia 17 de abril – Dia Nacional de Mobilização contra dois anos do golpe; no dia 26 de abril haverá ato no Rio de Janeiro para defender a Petrobras; e no 1º de maio, as manifestações acontecerão em todas as capitais e cidades do interior em defesa dos direitos e de Lula livre.
Lula Candidato – O secretário nacional de Comunicação do PT, Carlos Árabe, também participou da manifestação desta terça-feira, em Curitiba, e frisou que é fundamental manter a mobilização para garantir a liberdade do ex-presidente. “Temos que manter essa mobilização até que ele (Lula) saia e fique conosco. Ele vai se apresentar no dia 15 de agosto como nosso candidato e vai vencer os dois turnos. Só Lula pode acabar com esse golpe”.
O sociólogo Emir Sader ao se pronunciar durante a manifestação, falou da importância de denunciar a ditadura do Judiciário e as ilegalidades do processo e da condenação do ex-presidente. “Os que deveriam cuidar da democracia (Justiça) se tornaram chacais. Nosso papel é trazer aqueles que estão apáticos para a reação e como tudo isso também transforma a vida deles. Agora Moro quer impedir que os governadores, que Mujica visitem Lula. Precisamos denunciar essas arbitrariedades e continuar a pressão política”. O sociólogo se refere aos governadores do Nordeste e de Minas que estão em Curitiba para visitar o ex-presidente, mas o juiz Sérgio Moro limitou as visitas.
Vânia Rodrigues, com informações do site da CUT
Foto: Joka Madruga/Agencia PT