O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, rebateu nesta quinta-feira (2) as críticas ao discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura da sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na semana passada.
Em entrevista, o ministro afirmou que algumas interpretações distorcem o que realmente foi dito, especialmente quanto à defesa da presidenta do diálogo entre países na busca por solução política de paz. De acordo com o chanceler brasileiro, a presidenta não sugeriu negociação com o Estado Islâmico, como foi divulgado pelas redes sociais e por parte da imprensa, além de alguns candidatos à presidência.
“Não é justo nem aceitável atribuir à presidenta da República declarações de que se deveria negociar com grupos terroristas. Não foi isso que ela disse. Nós estávamos no contexto das Nações Unidas e quando se fala em diálogo nas Nações Unidas, é óbvio que se trata de diálogos entre países. É a busca da solução política como já se obteve em outros casos por intervenção do Conselho de Segurança da ONU”, afirmou o ministro.
“Como disse a presidenta em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, ‘o uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos’. Isso está em perfeita sintonia com as posições tradicionais do Brasil e mesmo com a resolução adotada pelo Conselho de Segurança sobre recrutamento de terroristas. Nessa resolução, o Conselho de Segurança diz que o terrorismo não será derrotado apenas pela força militar. Isso é uma reafirmação das posições tradicionais do Brasil, que reiteram que o uso da força no contexto internacional só pode ocorrer quando autorizado pelo Conselho de Segurança ou em legítima defesa. Esta é a posição que está na Carta da ONU, é a posição do Brasil e de todos os membros da ONU”, acrescentou o titular do Itamaraty.
Equipe PT na Câmara com Blog do Planalto e Portal Brasil