Foto: Roberto Stuckert Filho
A presidenta Dilma Rousseff participou nesta quinta-feira (22) da posse do presidente eleito da Bolívia, Evo Morales Ayma, e do vice-presidente, Alvaro García Linera. Em sua primeira viagem ao país andino, a presidenta fez uma retribuição ao presidente, que veio ao Brasil para a posse dela em 1º de janeiro.
Para o embaixador do Brasil na Bolívia, Antônio José Rezende de Castro, a presença de presidenta Dilma na posse do presidente Evo Morales fecha ciclo de reaproximação importante para a história dos dois países.
“A relevância da Bolívia para o Brasil não podia ser maior. A Bolívia é parte da nossa circunstância na América do Sul. Uma país vizinho, país amigo, com o qual mantemos relações diplomáticas, comerciais e históricas. E tem se aproximado cada vez mais do Brasil nos últimos tempos”, afirmou em entrevista ao Blog do Planalto.
A cerimônia foi realizada na Assembleia Legislativa Plurinacional, em La Paz, quando o presidente fez o juramento constitucional perante o Poder Legislativo. Dilma esteve também no Palácio de Governo, sede do Executivo, para os cumprimentos ao mandatário.
Eleito com 61% dos votos válidos, Evo Morales assume a presidência pela terceira vez consecutiva. Seu mandato começa oficialmente nesta quinta-feira e vai até janeiro de 2020. Ele é o primeiro indígena a chegar à presidência do país.
A Bolívia é o país com o qual o Brasil compartilha sua maior fronteira, 3,4 mil km. Historicamente, o Brasil é também o principal parceiro comercial da Bolívia. É o primeiro destino das exportações bolivianas – equivalendo a cerca de 40% do total – em função da venda do gás natural, e segunda origem das importações, atrás apenas do Chile. Em dez anos, o comércio entre Brasil e Bolívia cresceu quase 600%.
Além da relação comercial, os dois países mantêm projetos e acordos de cooperação técnica nas áreas de combate ao narcotráfico, energia, infraestrutura e social.
Os presidentes do Equador, Venezuela, Paraguai, Costa Rica, República Dominica, Trinidad e Tobago e outras delegações estrangeiras também prestigiam Morales.
*Blog do Planalto