Presença corajosa de Dilma no Senado dá novo fôlego à militância contra o golpe, analisam parlamentares

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Em uma transmissão exclusiva e ao vivo pelo Facebook, (clique para assistir) o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) mostrou que nessa reta final do processo de impeachment, a presença de Dilma Rousseff no Senado, a disposição do povo em novamente ocupar as ruas e a mobilização de internautas em fazer o embate democrático nas redes deram, nesta segunda-feira (29), novo fôlego para a militância contrapor o golpe. Pimenta revelou os bastidores que antecederam o discurso histórico de Dilma, quando ela recebeu a solidariedade de deputados, de senadores e de representantes do movimento social, além do apoio do ex-presidente Lula e do cantor e compositor Chico Buarque.

“Vamos torcer e esperar que esse drama tenha fim. A esperança é grande. Estamos aqui para reforçar a democracia”, disse Chico Buarque. “A presidenta Dilma Rousseff é uma pessoa que nos orgulha pela sua lisura, pela sua decência, pela sua posição e, inclusive, pela sua condição de mulher. Ela nos orgulha por ser a nossa primeira presidenta e de ser hoje uma metáfora da democracia no Brasil”, opinou a filósofa e escritora Márcia Tiburi. “É um momento de resistência, de enfrentar o golpe, de denunciar o golpe com a [presença da] presidenta hoje aqui no Senado. E nas ruas vamos fazer o que for necessário para barrar esse golpe”, afirmou Guilherme Boulos, da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) ressaltou que a intenção da presidenta Dilma com sua ida ao Senado é deixar claro que, além da injustiça pessoal e política de que é vítima, a democracia também está sendo golpeada por esse processo. “A presidenta Dilma tem um histórico de coragem. Ela é uma mulher acima de tudo corajosa. Ela nunca abaixou a cabeça, nem para os seus algozes da ditadura. Ela vai olhar nos olhos dos seus novos algozes e dizer que o mandato que lhe foi conferido por 54 milhões de votos não pode ser destituído numa canetada”, previu Damous, pouco antes de a presidenta Dilma olhar nos olhos de todos eles.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) definiu essa segunda-feira como um dia de defesa da democracia. “Nós contamos com a coragem e com a dignidade da presidenta Dilma para reverter um quadro que nos envergonha. Esperamos que os senadores compreendam que hoje é um dia histórico e decidam não entrar para a história do Brasil como um Joaquim Silvério dos Reis”, comparou a deputada, fazendo alusão ao delator dos inconfidentes, que acabou provocando a morte de vários ex-companheiros, incluindo o alferes e dentista Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Para a deputada Moema Gramacho (PT-BA), a presidenta Dilma mais uma vez demonstrou sua coragem ao decidir ir ao Senado para lutar e defender seu mandato e a democracia brasileira. “Portanto, ela é corajosa, diferentemente de Temer que sequer foi ao encerramento das Olimpíadas. Dilma veio mostrar que é um julgamento político, e não jurídico”, reforçou. O deputado Leo de Brito (PT-AC) ressaltou a dignidade da presidenta Dilma de se fazer presente diante dos senadores para enfrentar todos os questionamentos. “Ela não tem nada a temer. O voto de 54 milhões de brasileiros pode ser literalmente jogado na lata do lixo, e os que fizerem isso também serão jogados na lata do lixo da história”.

O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) afirmou que a intenção de Dilma era deixar claro o que está acontecendo no Brasil: “a presidenta e a democracia estão sendo vítimas de uma armação de parlamentares e de empresários brasileiros”. A senadora Regina Sousa (PT-PI) também definiu o momento histórico: “É um dia que pode entrar para história, ou como velório da democracia brasileira ou como a consolidação dessa jovem democracia”.

As deputadas do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), Jô Moraes (MG) e Alice Portugal (BA) também demonstraram solidariedade à Dilma. “Temos toda a convicção de que ainda é possível. A virada é esse esforço que nós estamos tentando fazer agora”, disse Jandira. “O que está sendo feito aqui é um teatro, e nós estamos completamente indignados, sobretudo eu que vivi o período da ditadura”, completou Jô Moraes. “Estamos aqui para dizer não ao golpe, não à fraude do impeachment. Estamos ainda com esperanças de garantir que esse golpe se reverta”, afirmou Alice Portugal.

O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) reforçou que Dilma está sendo vítima de uma grande injustiça: “trata-se de uma mulher honrada, honesta, que não cometeu crime de responsabilidade, que não atentou contra a Constituição brasileira. Infelizmente, está sofrendo esse processo de impeachment, que até o último instante nós iremos lutar para reverter”.

PT na Câmara

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