A deputada Luci Choinacki (PT-SC), coordenadora da Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica na Câmara dos Deputados, destacou a importância do Prêmio Margarida Alves sobre pesquisas entre mulheres e homens no meio rural. A 4ª Edição do Prêmio Margarida Alves de Estudos Rurais e Gênero – Mulheres e Agroecologia recebe inscrições até o dia 30 de agosto e vai selecionar os melhores trabalhos sobre o tema.
Para a parlamentar, a premiação é muito importante porque promove a igualdade de gênero, que é um princípio de democracia e humanidade.“Esse prêmio eleva a autoestima e consequentemente a valorização das mulheres que produzem alimentos agroecológicos, além de ampliar espaços comerciais para o consumo de produtos da agroecologia sem venenos. Assim as mulheres conseguem produzir alimentos fundamentais muito nutritivos,” afirmou Luci Choinacki.
O prêmio Mulheres e Agroecologia contempla três categorias: Ensaio Inédito, Relatos de Experiências e Memórias. O concurso em nível nacional tem objetivo de divulgar pesquisas e estudos sobre a igualdade entre mulheres e homens no meio rural. Os trabalhos devem focar em tópicos como: protagonismo das mulheres na produção e comercialização agroecológica; saberes tradicionais e sistematização de experiências; políticas públicas; organização social; articulação em redes; e convivência com os biomas.
A iniciativa é uma homenagem a Margarida Maria Alves (1943-1983), dirigente sindical que, após 12 anos no Sindicato Rural de Alagoa Grande (PB), rompeu com padrões tradicionais de gênero, fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, lutou contra o analfabetismo e a exploração, defendeu a Reforma Agrária e acabou sendo assassinada.
Os artigos e textos serão analisados entre 15 de setembro e 17 de outubro de 2014. A divulgação dos resultados e a premiação estão previstas para dezembro deste ano. A publicação de coletânea está marcada para março de 2015.
Para Luci Choinacki, “este é um projeto de muita relevância para as mulheres, pois eram as ancestrais, mães e avós, que garantiram a existência da diversidade de sementes e práticas que são cultivadas até hoje.”
Késia Paos