Precarização do trabalho na McDonald’s do Brasil será investigada, afirma Eudes

eudesxavier12A rede McDonald’s do Brasil terá que explicar ao Ministério do Trabalho e à Comissão Parlamentar de Inquérito do Trabalho Escravo as denúncias de pagamento inferior ao salário mínimo adotado no país. A informação é do deputado Eudes Xavier (PT-CE), autor do requerimento de audiência pública que debateu o assunto nesta terça-feira (13), na Comissão do Trabalho da Câmara. 

“Existem denúncias de que várias unidades da rede McDonald’s contratam o funcionário com um salário fixo na carteira, mas o que ele efetivamente recebe são as horas de efetivo trabalho que chega a ser, em muitos casos, inferior ao salário mínimo”, acusou Xavier. Ainda de acordo com o deputado, essa prática precisa ser investigada pelo governo e pelo parlamento, por ser uma atitude “flagrantemente inconstitucional”.   

Segundo explicação do parlamentar, baseada em denúncias do sindicato dos trabalhadores do ramo, a manobra é realizada da seguinte forma. No momento em que há pouco movimento na lanchonete, o funcionário é “orientado” a se dirigir para uma sala de espera, denominada “break”. E só retorna ao atendimento no balcão quando é solicitado. Nesse caso, o dono da franquia paga ao trabalhador, no final do mês, apenas as horas efetivamente trabalhadas.  

Participaram da reunião o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Domingos Dutra (PT-MA), e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes de São Paulo, Francisco Lacerda. Também estiveram presentes, representantes da Justiça do Trabalho e de entidades como a Organização Internacional do Trabalho e d Associação dos Magistrados Brasileiros.

Convidada para participar da audiência pública, a empresa Arcos Dourados, detentora da marca McDonald’s no Brasil e na América Latina, não enviou representante.

Héber Carvalho

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