Deputados do PT voltaram a criticar nesta sexta-feira a obstrução anunciada pelos partidos de oposição aos projetos que regulam a exploração do pré-sal. As quatro matérias enviadas pelo Poder Executivo tramitam na Câmara em regime de urgência.
Para o deputado José Genoino (PT-SP), a estratégia da oposição impede o debate sobre o pré-sal. “Entendo a tática da oposição, mas considero que não é a mais adequada. A obstrução impede o debate de mérito de questões fundamentais”, afirmou o parlamentar.
Segundo Genoino, o que está em jogo é o futuro do País. “O pré-sal é patrimônio da União e riqueza do povo. Em vez de discutirmos o ramerrame, as questões menores, as querelas, vamos discutir a estratégia sobre o futuro do Brasil”, disse.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) também criticou o que chamou de “assanhamento curioso” da oposição. “Não há porque a oposição ficar tão preocupada e assanhada com os efeitos eleitorais do pré-sal, pois isso não vai sair na semana que vem. É um compromisso com as gerações futuras. Então, esse debate não precisa ser feito de forma mesquinha, por interesses eleitorais puros como quer a oposição”, avaliou Ferro.
O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) disse não ver motivo para o nervosismo da oposição. “Temos 45 dias em cada Casa do Congresso. É tempo suficiente para discutir a matéria”, disse. Para o parlamentar, o debate sobre o pré-sal reafirma a soberania brasileira. “Ao contrário da oposição, principalmente PSDB e DEM, que querem abrir o pré-sal para as multinacionais, o governo Lula quer que a Petrosal seja realmente brasileira. As multinacionais são bem-vindas, mas não como donas da riqueza do nosso país. O controle tem que ser do Estado, do povo brasileiro”, ressaltou Jilmar Tatto.
A deputada Iriny Lopes (PT-ES) avalia que o País está “atônito” com a obstrução. “A oposição proíbe a Câmara de dar seguimento a um tema que é da mais absoluta importância. Afinal de contas, a oposição está contrária ao que propõe o presidente Lula ou está contrária aos interesses da sociedade brasileira?”, indagou a parlamentar.
Segundo Iriny Lopes, os projetos enviados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, propõem um novo modelo de Estado. “O Estado brasileiro precisa preservar essa riqueza, que é do povo brasileiro. É por isso que esta Casa precisa logo começar a discutir. Noventa dias para se debater um novo marco regulatório é tempo mais do que suficiente”, afirmou a deputada.
Equipe Informes