Povo nas ruas de Curitiba em defesa de Lula e da democracia

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), participou da reunião da Comissão Executiva Nacional do PT em Curitiba nesta terça-feira (9). Ao mesmo tempo, o líder esteve presente nos atos de solidariedade àquele que foi o maior presidente da história do país. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará depoimento nesta quarta-feira (10) ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeira instância da Operação Lava Jato.

Em vídeo gravado na Praça da Catedral de Curitiba, onde aconteceu uma vigília com participação de populares, na noite desta terça-feira, Carlos Zarattini discorreu sobre a grande quantidade de pessoas que estavam na cidade para apoiar o ex-presidente. Ao lado da vigília acontecia simultaneamente uma marcha dos integrantes do MST.  “Estas manifestações são importantes num momento ímpar da nossa história, de perseguição ao ex-presidente Lula, ao Partido dos Trabalhadores e aos movimentos populares”, disse.

Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), que também participou do ato na capital paranaense, a mobilização é política, mas não apenas na defesa do ex-presidente. “É em defesa de tudo aquilo que ele representa para os avanços da luta da classe trabalhadora. Mostrar a força do povo para juízes autoritários é fundamental para defender a democracia. É brigar pela cidadania brigar, pela história e dignidade da nossa gente”, disse o parlamentar.

Em Curitiba, os representantes dos movimentos social e sindical realizam uma programação política e cultural em defesa dos direitos do ex-presidente. Vigílias, aulas públicas, assembleias e conferências fazem parte da programação, que teve início pela manhã desta terça e prosseguem até as 18h desta quarta-feira. O depoimento de Lula está programado para as 14h. A previsão da organização é que Lula participe do ato político de encerramento.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e integrante da Frente Brasil Popular, Guilherme Boulos afirmou: “O que está em jogo é não aceitar medidas de exceção e que uma investigação que se coloque contra a corrupção e que é necessária não descambe para uma perseguição política”, opinou Boulos.

O dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Alberto Broch, chamou de massacre político o processo contra o presidente Lula.  “As questões mostram quase um estado de exceção. Isso não é factível em uma democracia. Por outro lado, nos preocupa que setores da imprensa brasileira, que apoia outro projeto, ficam instigando violência”, observou.

(PT na Câmara)

 

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