Povo e Parlamento fortalecem luta pelas Diretas Já

Deputados e senadores do PT, PCdoB, PSB, PSol, PDT e Rede lançam oficialmente nesta quarta-feira (7) a Frente Parlamentar Suprapartidária pelas Diretas Já. O evento, marcado para às 16h, no Salão Nobre da Câmara, reforça e unifica o sentimento de rejeição ao governo golpista de Michel Temer que toma conta do País e o desejo de restabelecer a democracia no Brasil com novas eleições.

Segundo levantamento recente do Instituto Paraná, 90,6% dos brasileiros querem uma nova eleição para presidente do Brasil. E pesquisa CUT / Vox Populi, divulgada nesta semana, mostram que o governo ilegítimo de Temer é aprovado por apenas 3% dos brasileiros, que o culpa também pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.

“O Brasil precisa resgatar a democracia, voltar a crescer e, para isso, precisa eleger um governo legítimo que preserve a soberania nacional, que não corte direitos da população e que implemente um programa econômico que gere emprego e renda”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), um dos idealizadores da frente suprapartidária pelas Diretas Já.

Apoiador e entusiasta da Frente pelas Diretas, o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), explicou que a frente parlamentar reforça o movimento em curso na sociedade civil por eleições Diretas Já. “As mobilizações pelas Diretas Já têm reunido milhares de brasileiros nas ruas das principais cidades do País e estamos em sintonia com essa maioria que quer fora Temer e eleições direitas para a escolha do novo presidente do Brasil”, ressaltou.

A frente suprapartidária já conta com o apoio de 19 senadores e 131 deputados e está aberta a novas adesões de parlamentares de todos os partidos com representação no Congresso Nacional. Além de se somar aos movimentos populares pró-diretas, os deputados e senadores pretendem impulsionar a apreciação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC 67/16) no Senado e (PEC 277/16) na Câmara, que permite a realização de eleições diretas para a Presidência caso o cargo fique vago, até seis meses antes do final do mandato. Atualmente isso só é possível até a metade do mandato.

Movimento Social – Também diante da grave crise que o País atravessa e da constatação de que o golpista Michel Temer não reúne as condições para seguir no comando da nação, 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, criaram nesta semana a Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já. Em manifesto as entidades afirmam que “a manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e as políticas públicas, além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional”.

Artistas e intelectuais também estão organizando atos Brasil afora pedindo a saída de Temer e Diretas Já. O primeiro aconteceu no Rio de janeiro no dia 28 de maio e reuniu cerca de 150 mil pessoas na praia em Copacabana. No último final de semana foi a vez de São Paulo levar mais de 100 mil pessoas ao Largo do Batata pelas Diretas e, no próximo domingo, artistas fazem show em Porto Alegre e na Bahia por Diretas Já.

Greve geral – Também contra o governo golpista de Temer, especialmente contra as reformas Trabalhista e da Previdência, e pelas diretas já, as dez principais centrais sindicais brasileiras agendaram para dia 30 de junho uma nova greve geral. Antes, no dia 20, as entidades planejam organizar um “esquenta”, com paralisações e atos nas principais cidades. Todo o calendário depende do andamento das reformas no Congresso – e também passará por assembleias das categorias.

 

PT na Câmara, com agências

 

Foto: Paulo-Pinto-AGPT

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