A política insana de preços na Petrobras, que foi implantada por Pedro Parente e levou o Brasil à greve dos caminhoneiros (foto), fez com que a economia nacional encolhesse 3,34% em maio – um resultado desastroso. Parente caiu, mas sua política vem sendo mantida pelo governo Temer com a atuação do atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), foi divulgado nesta segunda-feira (16) pelo BC. Segundo matéria da agência Reuters, a queda do IBC-Br derrubou ainda as projeções de crescimento da economia.
Segundo pesquisa Focus do Banco Central, também divulgada nesta segunda-feira, agora a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 é de 1,5%, sobre 1,53% na leitura anterior. O patamar é muito inferior as projeções de 3% feitas pelo mercado, antes da greve dos caminhoneiros e da queda na confiança dos agentes econômicos. Para o ano que vem, a conta segue de crescimento de 2,50% do PIB.
Esse desempenho corrobora a leitura de grande parte dos agentes de uma atividade bem mais fraca que a esperada este ano. O próprio Ministério da Fazenda, que também chegou a falar em crescimento de 3% neste ano, agora calcula expansão de 1,6%, mesmo cenário do Banco Central.
Já para a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – que mede a variação dos preços no comércio para o público final e é considerado o índice oficial de inflação do País -, a estimativa segundo a Focus caiu a 4,15% este ano, sobre 4,17% na semana anterior. Para 2019, a estimativa é de 4,10%.
O centro da meta de inflação para este ano é de 4,5% e para 2019 é de 4,25%, ambos com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o dólar, os especialistas consultados no levantamento semanal continuaram vendo a moeda a 3,70 reais neste ano. Para o ano que vem, contudo, a expectativa subiu a 3,68 reais, sobre 3,60 reais anteriormente.
Juros– As expectativas para a taxa básica de juros (Selic) não sofreram alterações. A visão dos economistas é de que a Selic terminará este ano a 6,5% e em 2019 a 8%.
O Top-5, o grupo que reúne os que mais acertam as previsões, também manteve as contas de taxa básica de juros a 6,5% ao fim de 2018 e 7,75% ao fim de 2019, pela mediana de médio prazo.
Reuters e Brasil 247