Política acertada – Luiz Sérgio

Ano retrasado, o mundo foi abalado pelo estouro da bolha imobiliária americana.

lsergio_artigoDa noite para o dia, uma crise financeira e econômica se espalhou pelo mundo e transformou riquezas em pó. Mas também foram pulverizadas as teorias neoliberais do Estado mínimo, e de que o mercado seria a panaceia para todos os males. Os adeptos do Consenso de Washington ficaram órfãos quando viram seus credos desvanecerem no vendaval da crise.

É nesse cenário que sobressaem as políticas públicas do governo Lula adotadas desde 2003, de reforço ao papel do Estado como passo estratégico para o desenvolvimento do país. As medidas anticíclicas adotadas garantiram a execução de um programa de gastos públicos para sustentar a demanda da economia.
Isso permitiu ao país atravessar a crise sem sobressaltos, nem de longe lembrando os fracassos do governo FHC ao enfrentar crises de muito menor impacto.

É inegável o papel do Estado para manter tanto o nível de investimentos, com iniciativas como o PAC , como o nível de consumo, por meio de políticas que favorecem sobretudo as camadas mais pobres da população. Foi graças a essa decisão estratégica tomada em 2003 que conseguimos amortecer ao máximo os efeitos da crise.

Num cenário de incertezas, os adversários tentaram até tripudiar quando o presidente Lula previu que a crise, para o Brasil, seria uma “marolinha”. Foi graças à decisão de empunhar todas as armas à disposição do Estado que o presidente pareceu um piloto na turbulência da crise, papel hoje reconhecido internacionalmente.

Com todo um arsenal à mão – como redução de impostos, incentivo à atuação dos bancos públicos, orientação à Petrobras para ampliar os investimentos, lançamento do maior programa de habitação popular da história do país – chegamos ao fim do ano com o Brasil superando o impacto principal da crise e retomando a trajetória de crescimento. O Brasil deve ser um dos poucos países a fechar 2009 com PIB positivo. Isso foi possível porque rompemos com a lógica neoliberal que imperou até 2002. Ao fortalecer o Estado, criamos musculatura para enfrentar o furacão gestado no centro do capitalismo.

LUIZ SÉRGIO é deputado federal (PT-RJ).

 

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