Em artigo, Enio Verri analisa a entrega da Petrobras ao capital internacional

Em artigo publicado no portal da revista Carta Capital, o deputado federal Enio Verri (PT-PR), destaca que a entrega do patrimônio brasileiro ao capital internacional anda de forma acelerada. O pré-sal, por exemplo, está na mira das grandes petrolíferas estrangeiras. O futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, foi escalado pelo presidente de ultradireita Jair Bolsonaro, para comandar a privatização da gigante do petróleo mundial, a Petrobras. Em seu artigo, Verri é enfático: “O novo governo é patriota de outras nações. São brasileiros que se contentam em ver o Brasil como uma eterna colônia fornecedora de commodities para o desenvolvimento de outros povos. Isso tem nome: traição e sabujismo.”

Foto: José Cruz                             Castello Branco: na Petrobras, a ordem é vender patrimônio

Pobre país rico

Os ataques à Petrobras atendem aos interesses de países no centro de poder mundial de olhos nos recursos energéticos do Brasil. É a imposição da agenda do sistema financeiro mundial. O mercado é uma entidade cuja relação com o Estado é a de explorá-lo e dele retirar o maior lucro possível.

A indicação de Roberto Castello Branco para a presidência da Petrobras será a concretização desse objetivo. A empresa será esquartejada e distribuída entre petroleiras estatais de outros países e o nosso petróleo produzirá o desenvolvimento dessas nações.

O Iraque, a quinta maior reserva de petróleo do mundo, mas pobre, foi invadido em 2003, sob o argumento de possuir armas de destruição em massa.

Os EUA e Saddam Hussein eram parceiros desde 1963, desde a deposição do ex-presidente Abdul Kassem. Hussein foi alçado a presidente pelos EUA no fim da década de 1970.

Quando Hussein, após mais de 20 anos, anunciou a venda do seu petróleo, em euro, foi derrubado, julgado sumariamente e enforcado, em 2006, no Iraque invadido pelo governo George Bush. Naquele ano, o Brasil anunciou a descoberta da sua maior reserva de petróleo, o pré-sal.

Em 2008, a Petrobras começou a extrair os primeiros barris. Em 2010, o governo aprovou a lei da partilha, que substituiu o modelo de concessão. De forma geral, a principal diferença entre os dois modelos é que, pela concessão, o petróleo é de propriedade da empresa que o explora, pagando uma parte ao Estado. Pela partilha, o dono do petróleo é o País. No caso, o Brasil.

Além de proteger o pré-sal, como patrimônio brasileiro, o governo implantou e consolidou uma política de conteúdo nacional para estimular a indústria do setor de gás e petróleo.

Devido aos investimentos, em 2015 a Petrobras recebeu o mais importante prêmio que uma petroleira do seu porte pode receber, o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, pelo desenvolvimento de tecnologias.

Entre 2011 e 2017, a liquidez corrente da empresa oscilou entre 1,5 e 1,9. Ou seja, para cada 1 real investido, a companhia recuperaria entre 1,50 e 1,90 real.

Destarte, é fácil compreender porque o valor de mercado da Petrobras passou de 50 bilhões de reais, em 2003, para 214 bilhões em 2016. O que fica realmente difícil de explicar, diante dos números, é o ávido interesse de todas as grandes petroleiras do mundo em comprar uma empresa teoricamente quebrada.

Castello Branco critica o monopólio estatal da perspectiva rentista. O resultado de uma estatal não pode ser tomado apenas dos pontos de vista do lucro e do prejuízo. Leva-se em consideração a sua contribuição para o desenvolvimento do País.

O subsídio aos combustíveis entre 2011 e 2014 foi para que os pobres consumissem gasolina e gás de cozinha e não causou prejuízo à Petrobras. No período, o valor positivo do caixa da empresa oscilou entre 33,03 bilhões de reais e 26,6 bilhões.

O que está em jogo é a soberania do País, a autodeterminação de investir sua riqueza onde e como lhe convier. Pelos resultados conquistados, fica patente a competência da empresa para gerir essa imensa riqueza brasileira, o nosso passaporte para o futuro, como disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A partir de 2016, os preços internos de combustíveis foram colocados acima dos praticados no mercado internacional, paralisando as 15 refinarias brasileiras, gerando empregos e impostos em outros países, como nos EUA.

O novo governo é patriota de outras nações. São brasileiros que se contentam em ver o Brasil como uma eterna colônia fornecedora de commodities para o desenvolvimento de outros povos. Isso tem nome: traição e sabujismo.

* Deputado federal pelo PT-PR

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100