PNE: Especialista propõe revisão da grade curricular do ensino médio

angelovanhoniO pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade do Rio de Janeiro, Simon Schwarstman, propôs nesta quarta-feira (18) uma revisão do currículo nacional do ensino médio. De acordo com o especialista, a extensa grade curricular do ensino médio, além de não preparar o jovem para o mercado de trabalho, é pouco atrativa e de baixo aproveitamento do ponto de vista do aprendizado. A proposta foi feita durante audiência pública da comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020).

Schwarstman propõe que, ao concluir o ensino fundamental, seja dada ao aluno a possibilidade de optar pelo ensino profissional ou pela especialização em áreas específicas do conhecimento, evitando que o aluno tenha que permanecer mais três anos no ensino médio aprofundando conteúdos que fogem do campo das suas afinidades profissionais.

“Cerca de 44% dos jovens com 20 anos de idade não concluíram o ensino médio. 15% dos jovens entre 15 e 17 anos abandonam a escola. Tudo isso é reflexo da extensa grade curricular tradicional no ensino médio, que não prepara o jovem para o mercado de trabalho”, explicou.

As propostas, na avaliação do relator do PNE, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), vão ao encontro das metas previstas no PNE e também do programa de expansão da rede de ensino profissionalizante do governo. “A juventude ao completar 15, 16 e 17 anos de idade, praticamente fica desamparada porque, de certa maneira, já se encontra pronta para enfrentar o mundo, porém a escola tradicional que temos hoje não o capacita para entrar no mercado de trabalho. Esse é um debate que temos que aprofundar”, afirmou.

Segundo o relator, uma das metas mais ambiciosas do PNE é justamente solucionar os problemas do ensino médio. Nos últimos anos, informou, o governo quadruplicou o número de matrículas no ensino profissional. “O governo vem trabalhando no sentido de superar essa deficiência. Vamos abrir o debate sobre o ensino médio e sua grade curricular, com a possibilidade de retirar o peso de determinadas matérias e expandir o ensino profissionalizante e técnico”, afirmou.

Edmilson Freitas

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