A taxa de pobreza extrema no País caiu a 2,8% da população em 2014. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse dado corresponde, aproximadamente, à terça parte do percentual da população que vivia nessa condição em 2004, diz a pesquisa.
São consideradas extremamente pobres pessoas com renda mensal de até R$ 77, fixada com base na referência estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Primeira infância – Os dados mostram que no período de dez anos, houve uma queda acentuada da extrema pobreza entre crianças de até 5 anos de idade – justamente na faixa etária onde era mais alta. O percentual caiu de mais de 14% para cerca de 5% da população na faixa etária da primeira infância, definida como prioridade nas ações do plano Brasil Sem Miséria.
Os avanços sociais registrados em 2014, último ano do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, também aparecem na melhor distribuição da renda no Brasil, medida pelo índice de Gini. Considerando o conjunto dos rendimentos dos domicílios, esse indicador caiu abaixo de 0,5 pela primeira vez no Brasil. O índice varia de 0 a 1 e reflete maior igualdade quanto mais próximo de zero.
Tereza Campello, Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, disse que “o conjunto dos indicadores mostra um Brasil que avança do ponto de vista da renda, do acesso, da cidadania e dos bens”. Ela avalia também, que os três indicadores de redução de desigualdade de renda mostram que o país continua avançando na redução das desigualdades. “É uma redução da desigualdade consistente, sistemática, sustentável, que não só permaneceu no governo do presidente Lula, como alcança patamares históricos, com o Brasil Sem Miséria e o governo da presidenta Dilma”, destacou a ministra.
O deputado Marcon (PT-RS) analisa que essa estatística favorável é resultado da oportunidade que os presidentes Lula e Dilma deram à maioria da população que mais precisava de emprego, trabalho e renda. De acordo com o petista, a redução no percentual da extrema pobreza “é uma boa marca porque o povo tendo alimento e água conquista dignidade”.
Benildes Rodrigues com Agências
Foto: Lúcio Bernardo