“O Objetivo do nosso programa é o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, porque esse é o regime que interessa ao povo trabalhador”. É assim que o ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Luiz Inácio Lula da Silva e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, descreve o Plano Popular de Emergência, lançado na noite de segunda-feira (29), no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca), em São Paulo.
Com 76 pontos divididos em 10 eixos, o plano é uma proposta da Frente Brasil Popular que se coloca em oposição ao projeto golpista e busca abrir o debate de um projeto de nação que gere desenvolvimento e criação de empregos, sem atacar direitos. O principal fator que permeia toda a proposta é o fortalecimento da democracia, que começa por eleições diretas.
Amaral destacou pontos da proposta referentes à democratização da mídia, do judiciário e do próprio Estado.
A presidenta da UNE, Carina Vitral, presente no lançamento do programa, defendeu o financiamento para a educação pública. “É na educação pública que podemos construir uma educação emancipadora”, disse.
O dirigente do MST, João Pedro Stédile, criticou as saídas para a crise propostas pela “burguesia”. Para ele, a burguesia quer jogar a saída da crise só sobre as costas da classe trabalhadora.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que os sindicatos se preparam para uma nova Greve Geral entre os das 26 e 30 de junho. “Já não é mais Fora Temer, agora é Diretas Já! Fora Temer e colocar outro golpista de maneira indireta, nós não aceitaremos!”
O recém-eleito presidente do diretório de São Paulo, Luiz Marinho, defendeu a realização de eleições diretas. “Nós não podemos ter medo de qualquer disputa no voto direito. Essa história de querer construir um acerto por cima em eleições indiretas, não conte conosco”.
O ex-prefeito Fernando Haddad defendeu a democracia e o voto direto e relembrou que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi um golpe, pois ocorreu sem crime de responsabilidade. “Queremos que a soberania popular seja resgatada para nos igualar aos países democráticos. Não queremos reformas aprovadas na calada da noite, com textos colocados nas comissões do dia para a noite, nada feito de maneira democrática”, acrescentou Haddad. Para o ex-prefeito, o que está em jogo hoje no Brasil é a soberania.
Representado a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, o pastor Ariovaldo Ramos defendeu que os trabalhadores precisam retomar o Brasil. “A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito vai trabalhar esse texto comunidade por comunidade, bairro por bairro, essa é a única maneira de retomarmos esse país, de cessarmos com essa violência de estado”.
(Portal do PT)
Confira o Plano Popular de Emergência na íntegra: