Até 2022, disse, há o desafio da modificação da matriz de transporte no Brasil, o que terá efeito significativo na redução dos custos de transporte e nos custos finais para os consumidores. A racionalização da matriz de transportes, segundo ele, terá também um efeito importante sobre o meio ambiente, uma vez que a expansão dos transportes ferroviário e aquaviário permitirá uma redução da emissão de gases de efeito estufa.
“Teremos uma redução dos custos, uma redução dos efeitos ambientais negativos e uma importância para integração do mercado para energia. O custo energético do transporte de uma tonelada por aquavia é quatro vezes menor do que por ferrovia. E o custo por ferrovia é quatro vezes menor do que por rodovia. Isso é algo extremamente importante, não só para a produção como também para as pessoas”, afirmou.
O ministro destacou ainda que outro aspecto importante diz respeito ao desenvolvimento regional dos transportes e dos meios de transporte na Amazônia. Ele destacou que já houve um grande avanço na medida em que as últimas estradas projetadas na Amazônia já levaram em conta a questão ambiental, mas como a distribuição da população na região é dispersa, a aviação tem papel muito relevante na região. “Esperamos que até 2022 se possa reestruturar o sistema de aviação regional, finalizar as ferrovias que estão sendo construídas ( ferrovia Norte-Sul, a Transnordestina, a ferrovia Leste-Oeste) e a recuperação da indústria naval
Energia – O ministro também destacou as metas e desafios da matriz energética. Ele lembrou que a matriz energética nacional é limpa e que 85% da energia no Brasil é de origem elétrica. “Nos outros países esse percentual é mínimo e a maior parte da energia é gerada a partir do carvão”, disse.
Segundo o ministro, está colocado o desafio da redução de emissão de gases do efeito estufa e a meta para o Brasil em 2022 é ter desmatamento zero. O ministro defendeu ainda o exame do desenvolvimento da energia nuclear no Brasil, dado que o Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do mundo e poderá vir a ter a segunda maior reserva. “Somente 30% do território nacional foi prospectado até o momento e dominamos a tecnologia de enriquecimento de urânio”, disse.
Segundo ele, o Brasil domina a tecnologia de enriquecimento de urânio e há o reconhecimento de que a única fonte capaz de produzir grandes quantidades de energia segura e estável seria a energia nuclear. “É provável que haja grande mercado para urânio enriquecido no mundo e o Brasil estaria qualificado para isso”, disse.
Na avaliação do deputado Fernando Marroni (PT-RS), é fundamental que o Brasil tenha uma estratégia estabelecida para 2022 e que esse plano leve em conta a questão ambiental, a questão econômica e o tema da energia. “Essas são áreas que, ao lado da habitabilidade, do saneamento básico e da educação, principalmente o desafio de superar o cenário de 40 milhões de analfabetos funcionais, formam os grandes temas do plano. O Brasil tem uma situação privilegiada para enfrentar seu futuro porque, para o país, o futuro já chegou. O Brasil cresce, inclui e distribui renda”, afirmou.
Gabriela Mascarenhas