Pimenta e Damous pedem que PGR investigue Moro e Dallagnol por supostos crimes revelados em trocas de mensagens

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e o advogado e ex-deputado Wadih Damous protocolaram na Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta sexta (5), uma notícia crime contra o ex-ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

A ação pede investigação de Moro e de Dallagnol, além de outros procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. O documento os acusa de praticar supostos crimes revelados por mensagens apreendidas pela Operação Spoofing, da Polícia Federal.

Na segunda-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, suspendeu o sigilo das conversas entre procuradores da operação e o ex-juiz Sérgio Moro. O conteúdo de novos diálogos foi incluído, no mesmo dia, no processo pela defesa do ex-presidente Lula. O material tem, ao todo, 50 páginas.

“A partir deste material, é possível constatar fortes indícios da existência de uma associação estruturalmente ordenada e composta por agentes públicos, que se valeram da manipulação fraudulenta do sistema de Justiça para ocultar a implementação de um projeto político e ideológico de poder, contando com a participação de agentes estrangeiros, cujo propósito aparenta ter sido a violação da soberania nacional, a obtenção de vantagens indevidas, a satisfação de interesses ou sentimentos pessoais e o aniquilamento do Estado de Direito”, afirma a ação assinada por Pimenta, Damous e pelo advogado Fernando Hideo Lacerda.

“Diante desse cenário, é de rigor que fatos de tamanha gravidade sejam devida e urgentemente apurados, mediante a instauração do procedimento investigatório cabível, visando desvendar a manipulação fraudulenta do sistema de justiça brasileiro e esclarecer os verdadeiros interesses que alimentaram a chamada Operação Lava Jato, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa a todos os suspeitos de atentar contra a soberania nacional, o regime democrático e a própria existência do Estado de Direito.”

Os diálogos foram obtidos pelos advogados de Lula depois que o próprio ministro Lewandowski decidiu que eles poderiam ter amplo acesso ao material apreendido na Operação Spoofing. Ela teve como alvo os hackers que conseguiram rastrear os celulares de autoridades de Brasília, entre elas o próprio Moro.

Uma parte substancial do arquivo dos aparelhos foi entregue ao site The Intercept Brasil, que, em parceria com outros veículos, publicou diálogos no que ficou conhecido como o escândalo da “Vaza Jato”.

Do site Canal da Resistência

 

 

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