Pimenta defende financiamento público eleitoral e rebate demagogia de partidos da direita

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), rebateu hoje (17) o discurso demagógico contrário ao fundo público eleitoral feito por partidos de direita como o Novo e o PSL. “É muito fácil fazer discurso contra o fundo eleitoral e depois ser o primeiro em seu partido a se engalfinhar em luta por dinheiro para financiamento de sua eleição”, provocou o líder, citando denúncias de luta interna de integrantes do PSL por recursos de campanha, além da prática do uso de laranjas nas eleições do ano passado.

Pimenta reiterou que o financiamento público de campanha é da essência da democracia, pois permite a representantes de diferentes segmentos da sociedade participar das eleições de forma igualitária. Ele preconizou a adoção de limites de gastos por candidaturas e do autofinanciamento, já que pelo sistema atual, mesmo sendo interditado o financiamento empresarial, os candidatos ricos desequilibram a disputa por terem mais recursos financeiros.

Onde está o Queiroz?

O líder denunciou que há suspeitas no financiamento das campanhas políticas da família Bolsonaro. Segundo ele, tudo pode ser esclarecido mediante a quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz, ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido- RJ) quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Para Pimenta, Queiroz era um verdadeiro “PC Farias” da família Bolsonaro, já que recebia dinheiro de familiares de milicianos empregados por Flávio Bolsonaro. Esse dinheiro irrigava as contas de Queiroz para pagar despesas pessoais dos Bolsonaro, incluindo a atual primeira-dama, Michele Bolsonaro, além de, possivelmente, campanhas do clã.

O líder do PT também frisou que “o PSL é conhecido como Partido Só Laranja e também usou dinheiro público para a eleição do presidente Jair Bolsonaro”. A observação foi feita ao rebater ataques do senador Major Olimpio (PSL-SP) contra os partidos que defendem o fundo eleitoral.

Quebra de sigilo bancário de Queiroz

Pimenta acusou o PSL de estar enveredado num cipoal de suspeitas de irregularidades nas eleições do ano passado, inclusive no tocante ao financiamento “ilegal, criminoso e clandestino” de fake news, com páginas e perfis fora do País. “ A quebra do sigilo de Queiroz poderá ajudar a esclarecer essas questões”, sugeriu Pimenta. “Se quiserem saber de fato porque a família Bolsonaro não precisa de financiamento público, basta quebrar o sigilo bancário de Queiroz”.

 

Pimenta também denunciou como “demagógicos e hipócritas” os parlamentares que se posicionam contra o fundo eleitoral público mas votaram, na legislatura passada, a favor de Emenda Constitucional (EC 95) do governo Temer que congelou os investimentos públicos na educação, saúde e área social. Por causa dessa mudança, “a universidade pública está sendo destruída e a saúde pública desmontada”, disse. São esses mesmos parlamentares que hoje apoiam um governo “que se coloca de cócoras perante os interesses estrangeiros e age como vassalo dos Estados Unidos”, disse o líder do PT.

Pimenta sugeriu uma alteração na legislação de modo que partidos e todos os candidatos formalizem na Justiça Eleitoral a intenção de utilizar o fundo pulico de campanha, pondo fim à demagogia expressadas por parlamentares direitistas no Congresso.

 

Leia mais:

Pimenta denuncia impunidade de Queiroz e faz desafio à família Bolsonaro

 

 

 

 

 

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