A oposição tem se esmerado em tentar apagar a história ou contá-la ao revés sempre que procura bater nos governos Lula e Dilma sem fazer a devida comparação com os governos tucanos que os antecederam. No plenário da Câmara, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) fez questão de avivar a memória dos parlamentares que sobem diariamente à tribuna para falsear a realidade, sobretudo no que diz respeito ao atual momento econômico.
“Saibam que, durante os oito anos do governo do presidente Lula, tivemos a taxa de juros média Selic, no Brasil, de 14,68%. No governo da presidenta Dilma, que aqui o líder da Minoria [Bruno Araújo] criticou os juros altos, a taxa média de juros foi de 14,25%. Os juros estão altos, mas queremos que ele seja menor. Mas o líder oposicionista não disse aqui que durante o governo tucano, a taxa média de juro foi de 26,59%. Em 1995, a taxa Selic chegou a 54,5% ao ano”, comparou o petista.
Paulo Pimenta também citou o endividamento do País, que na boca da oposição se transforma em alvo de críticas ferrenhas. Lembrou o parlamentar que a atual dívida líquida pública, de 36,7% do Produto Interno Bruto (PIB), embora seja alta nem de longe se aproxima ao patamar atingido pelo governo tucano. “Quando Fernando Henrique saiu da Presidência da República, a taxa líquida pública do Brasil era de 60,4% do PIB. Nós reduzimos a taxa líquida quase à metade do que o governo FHC nos entregou”, disse.
O deputado fez ainda uma comparação entre as atuais reservas cambiais e as do período tucano. Pimenta destacou que os tucanos entregaram o País com 44 bilhões de dólares de reservas cambiais; hoje são mais de 370 bilhões de dólares. “É isso que nos permite enfrentar crises internacionais com um certo grau de estabilidade. É por isso que nós estamos aqui para discutir com a oposição não só sobre economia, mas sobre educação, sobre saúde, sobre agricultura ou qualquer outro tema que interessem aos nossos líderes da oposição”, desafiou Paulo Pimenta.
Tarciano Ricarto
Foto: Gustavo Lima