Com a participação do deputado Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara dos Deputados, foi realizado um ato de solidariedade ao ex-presidente Lula em Buenos Aires, nesta quinta-feira (15), com dezenas de parlamentares, organizações e movimentos sociais da Argentina. Além de acompanhar a criação do primeiro comitê internacional em defesa de Lula e da democracia brasileira, o parlamentar petista reuniu-se com a bancada de oposição ao governo neoliberal de Maurício Macri.
Na reunião com os parlamentares argentinos – integrantes da Câmara de Deputados e do Parlamento do Mercosul (Parlasul) – liderados pelo deputado Agustín Rossi, ex-ministro da Defesa no governo Cristina Kirchner, Pimenta telefonou para o ex-presidente Lula, que dialogou por cerca de dez minutos com os congressistas através do viva-voz do celular (confira o vídeo).
Lula agradeceu a homenagem que representa a criação do comitê e disse que seria “maravilhoso” receber os argentinos na caravana que fará pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, jornada cujo início está previsto para 19 de março. O convite foi aceito, e a caravana pelo sul contará com uma delegação argentina.
A criação do comitê de apoio à democracia brasileira e ao direito de o ex-presidente ser candidato na eleição de outubro foi articulada pela Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), entidade criada em 1992 e que conta hoje com cerca de 1,5 milhão de filiados, sendo a segunda maior central sindical do país. A Argentina possui a maior taxa de sindicalização da América Latina, com 40% dos trabalhadores filiados a algum sindicato.
“Foi um lindo ato, muito representativo, com muitas lideranças políticas de grande peso, parlamentares que se destacam na luta contra o governo neoliberal entreguista de Macri, organizações e movimentos históricos que derrubaram a ditadura e seguem lutando por justiça e igualdade na Argentina, assim como nós fazemos no Brasil”, afirmou Pimenta, que se disse “emocionado” com a atividade.
“Volto ao Brasil revigorado e emocionado após esse ato e as reuniões que tive em Buenos Aires. Apesar de algumas diferenças pontuais, a situação da Argentina é um espelho do que enfrentamos no Brasil, e, por isso, devemos conversar e trabalhar mais em conjunto para darmos respostas conjuntas a essa ofensiva ultraconservadora na América Latina”, contou o petista.
Nas próximas semanas, outros países na América Latina e Europa abrirão novos comitês de apoio a Lula e à democracia brasileira.
Rogério Tomaz Jr.
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