O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, afirmou nesta sexta-feira (31), que possui provas contra a Operação Lava Jato e informou que virou alvo de Fake News e ameaças após criticar a operação. As declarações foram feitas em uma reunião, por videoconferência, do Conselho Superior do Ministério Público Federal.
“Não me dirigi em um evento acadêmico de forma se não pautado em fatos e provas. Fatos e provas que se encontram sob investigação da Corregedoria-Geral do MPF e do Conselho Nacional do Ministério Público. Caberá a eles apurar a verdade, a extensão, a profundidade e os autores, os coautores e os partícipes de tudo que declarei. Porque me acostumei a falar com provas, e tenho provas, e essas provas já estão depositadas perante os órgãos competentes”, disse Augusto Aras.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defende a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a operação. “Precisamos abrir de forma urgente a CPI para tratarmos da Operação Lava Jato. É preciso que todos os setores da sociedade fiquem sabendo exatamente que papel essa operação vem cumprindo para corromper a democracia brasileira”, argumentou, em sua conta no Twitter.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou, em vídeo divulgado nas suas redes sociais, querer saber a verdade. “O que eu quero saber é o seguinte, é verdade o que o procurador-geral está falando ou é mentira? É isso que me interessa. É verdade ou não é verdade? É isso que a Lava Jato tem que explicar. Eu quero que a verdade apareça”.
Aparelhamento
Aras também acusou subprocuradores de atuarem em favor de um “aparelhamento” do MPF e de um “anarcossindicalismo”. Ele disse ainda não ter “receio de desagradar” e que sua missão era “servir ao MPF com a dignidade do cargo”.
Lorena Vale, com agências