Os fatos continuam desmentindo os argumentos da oposição sobre uma suposta crise na Petrobras que está servindo há algumas semanas de base para uma ferrenha campanha contra a empresa e, consequentemente, contra o governo Dilma. A despeito do que os oposicionistas esperam, o objetivo de desestabilizar o governo e de antecipar negativamente o debate eleitoral não está surtindo efeito, já que a Petrobras continua superando marcas. A empresa divulgou na última sexta-feira (4) que, em março, bateu o recorde de produção mensal de petróleo no pré-sal, com 387 mil barris de óleo por dia.
“A oposição joga para baixo a maior empresa do País e faz novamente a política miúda e irresponsável de atacar a empresa que mais cresce no Brasil e no mundo. Na falta de um argumento sólido para apresentar à disputa eleitoral, acaba partindo para a baixaria e para a pequenez. Mas a realidade revela um cenário totalmente diferente. Diante disso, temos que defender essa empresa, que dá lucro e que opera com números que seriam inimagináveis na época em que a oposição governava”, argumentou o deputado Sibá Machado (PT-AC).
O novo patamar atingido pela Petrobras corresponde ao total operado pela companhia e inclui a parcela da estatal e aquela destinada aos seus parceiros nos campos produtores. O recorde anterior havia sido atingido em fevereiro, quando a Petrobras produziu 385 mil barris de petróleo por dia na área do pré-sal. É provável que brevemente a empresa supere o novo patamar alcançado, em vista do início do funcionamento, na semana passada, de um novo poço no campo de Sapinhoá, no polo pré-sal da Bacia de Santos. O poço tem potencial de produção estimado em 26 mil barris de petróleo por dia.
Diante dos números, o deputado Luiz Alberto (PT-BA) destacou que os oposicionistas insistem em seguir na contramão, pois, independentemente das notícias positivas divulgadas acerca da Petrobras para a sociedade e para o mercado, eles insistem em fragilizar a empresa e destruir sua imagem. “Esse evento de mais uma produção recorde no campo do pré-sal é a demonstração da capacidade tecnológica da empresa. Portanto, a oposição tem que engolir isso, e a sociedade brasileira vai entender a importância da Petrobras para o desenvolvimento do País”, avaliou o deputado.
Mais um dado que desfaz os argumentos contrários à empresa é sua imagem no mercado internacional e sua capacidade de captar recursos externos para os projetos previstos no plano de negócios da estatal para o período de 2014-2018. O total captado pela Petrobras neste ano já soma US$ 20,5 bilhões, considerados também empréstimos bilaterais. Essa informação foi um dos destaques do discurso da deputada Iriny Lopes (PT-ES) na tribuna da Câmara nesta segunda-feira (7).
“Uma empresa com gestão temerária ou com problemas de fluxo de caixa não poderia ter captado no mercado externo 20,5 bilhões de reais, sendo 3,5 bilhões de euros e 600 milhões de libras captados em janeiro e 8,5 bilhões de dólares em bônus sêniores emitidos agora em março pela Petrobras”, defendeu Iriny. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) também destacou a capacidade de captação da companhia: “A oposição não quer enxergar esse sucesso da Petrobras e insiste em dizer que ela está falida. Uma ‘empresa falida’ que conseguiu bilhões de dólares de investimento estrangeiro”, ressaltou.
Investigação – Enquanto a oposição tenta a todo custo jogar os holofotes da mídia e da sociedade para uma crise inexistente na Petrobras, inclusive com uma tentativa de instalar uma CPI para investigar exclusivamente a empresa, uma série de escândalos – alguns deles, fartamente documentados – acerca de irregularidades e fraudes cometidas durantes governos tucanos são tratados como fatos irrelevantes.
Na quinta-feira da semana passada (3), a base aliada do governo protocolou no Senado um pedido de abertura de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar várias denúncias de corrupção envolvendo a utilização de recursos públicos em governos do PSDB.
A proposta não foca apenas a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, como pretende o bloco oposicionista liderado pelo DEM e PSDB. A proposição amplia o escopo da investigação para os metrôs de São Paulo, sob gestão do PSDB, e do Distrito Federal, em governos do PSDB e DEM, o porto de Suape, em Pernambuco, sob administração do PSB, e contratos na área de tecnologia digital. O requerimento contou com a assinatura de 32 senadores e 219 deputados, números superiores ao exigido pelos regimentos interno das duas Casas.
“O que queremos é a apuração da verdade”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP). “E, se nas investigações do metrô de SP, do caso da Suape ou da Petrobras ficarem comprovadas irregularidades, os responsáveis deverão ser punidos”, completou.
Tarciano Ricarto