Petrobras investe US$ 224 bi e Brasil será autossuficiente em derivados em 2020

GAbrieli_PetroO Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de derivados de petróleo até 2020, quanto estiverem em funcionamento as quatro novas refinarias que estão em construção.

 

A afirmação é do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que participou de audiência pública, hoje, na Comissão de Minas e Energia da Câmara, para apresentar o plano de investimentos da empresa para o período 2011/2015. “Em 2015 seremos autossuficientes na maioria dos produtos, e em 2020 seremos em todos”, garantiu Gabrielli.

O presidente da Petrobras enfatizou que o Brasil já é autossuficiente na produção do petróleo. “Produzimos 2,1 milhões de barris por dia e utilizamos 1,8 milhão de barris. E só ainda não somos autossuficientes em derivados porque há 20 anos não se construía refinarias no País”, completou.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) enfatizou que a falta de visão e de investimentos na construção de refinarias é uma herança maldita de anos de governo do PSDB e do DEM (antigo PFL). “Mas com o governo Lula, e agora no governo Dilma, estamos investindo para vencermos esse gargalo. Com essas novas quatro refinarias, que levam em média seis anos para ficarem prontas, tenho certeza de que garantiremos nossa autossuficiência em derivados “, afirmou.

Investimentos – Pelo plano apresentado por Gabrielli, a Petrobras vai investir US$ 224 bilhões até 2015. “É o maior plano de negócios do mundo”, enfatizou. A proposta é aplicar 95% dos investimentos (US$ 213,5 bilhões) nas atividades desenvolvidas no Brasil e 5% (US$ 11,2 bilhões) nas ações da empresa no exterior. O deputado Luiz Alberto (PT-BA), autor da audiência pública para conhecer e discutir os investimentos da Petrobras, destacou que os recursos que serão utilizados pela empresa nos próximos anos, principalmente nas refinarias, trarão impactos positivos para a vida dos brasileiros. “Serão gerados muitos empregos o que vai melhorar a renda e a vida de milhares de brasileiros”, afirmou.

Luiz Alberto aproveitou para falar com o presidente da Petrobras sobre o projeto de sua autoria (PLP 437/08), já aprovado nas comissões temáticas da Câmara, que altera a destinação do ISS (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) para beneficiar estados do Norte e Nordeste. Ele defende, no projeto, que o imposto devido em razão de serviços relacionados com a exploração e exportação de petróleo, gás natural e de outros recursos naturais, seja recolhido no local onde o serviço for executado, e não na sede da empresa, como ocorre atualmente. Gabrielli disse que para a Petrobras não faz diferença pagar o tributo nos municípios onde o serviço é realizado ou nas cidades que sediam as empresas.

Fornecedores – O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), elogiou o programa de investimentos da Petrobras e sugeriu que a empresa encontre uma forma legal de flexibilizar o seu cadastro de fornecedores para permitir que médias e pequenas empresas possam ter acesso, com sucesso, no processo de licitação da Petrobras. “Sem perder a qualidade e a seriedade do processo, é preciso ampliar a cadeia de fornecedores, que hoje fica restrito às grandes empresas”, defendeu. Gabrielli reconhece que, com o crescimento dos investimentos, é preciso ter mais fornecedores, e destacou que nos últimos já adicionou mais de mil fornecedores à cadeia. “No entanto, tudo com rigor técnico para mantermos a nossa qualidade”, acrescentou.

Pesquisa – O deputado Gilmar Machado (PT-MG), vice-líder do governo na Congresso, destacou a preocupação da Petrobras em investir em pesquisa e tecnologia. Ele citou o investimento que a empresa está fazendo na universidade federal de Uberlândia. “É nos laboratório dessa universidade mineira, de um estado que não tem mar, que estão sendo realizadas pequisas de profundidade. Será do trabalho destes pesquisadores capacitados que sairão as técnicas e soluções para a exploração em águas profundas”, afirmou.

Vânia Rodrigues

 

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