Em nota, a Petrobras anunciou na última quinta feira (18) que o Brasil retomará a autossuficiência em petróleo em 2014. De acordo com a empresa, a partir do ano que vem a produção de petróleo no país voltará a atingir a autossuficiência volumétrica, ou seja, volumes iguais de petróleo produzido e de derivados consumidos. Nessa conta está incluída a produção da estatal, dos parceiros e de outras empresas produtoras.
Estão previstos, no Plano de Negócios e Gestão 2013-17 da companhia, os investimentos de US$ 147,5 bi nas atividades de exploração e produção no Brasil, o que representa 62,3% dos investimentos programados pela companhia.
A estatal informou ainda que a autossuficiência em petróleo havia sido alcançada em 2006, mas reconheceu que o país nunca foi autossuficiente em derivados e, segundo ela, entre 2007 e 2012 houve demanda por derivados apresentando um crescimento de 4,9%, enquanto a produção aumentou apenas 3,4%.
Para o deputado Luiz Alberto (PT-BA) o anúncio feito pela Petrobras desmonta o recente discurso da oposição, liderado pelo PSDB, de que a empresa é ineficiente ou que está falida. “É um golpe mortal nesse discurso irresponsável da oposição”.
Segundo Luiz Alberto, o objetivo dos ataques feitos pelos oposicionistas quando afirmam que a empresa não têm condições de deter os 30% de todo o contrato do pré-sal, “nada mais é do que o de privilegiar o mercado internacional, particularmente, as petroleiras que querem se apropriar do petróleo brasileiro”, disse Luiz Alberto.
De acordo com o petista, além de colocar uma “pá de cal” nos argumentos “falaciosos”, dos que torcem contra o Brasil, “a notícia demonstra e reafirma à sociedade o papel que a Petrobras desempenha no país, alavancando o desenvolvimento com inclusão social”.
Derivados – A nota da Petrobras explicou também que até que entrem em operação as novas refinarias previstas no Plano de Negócios e Gestão 2013-17 da empresa, o País continuará importando derivados. No entanto, explica o texto, como a curva de produção da Companhia apresentará um crescimento contínuo, até atingir 2,5 milhões de barris por dia em 2016, 2,75 milhões em 2017 e 4,2 milhões em 2020. Dessa forma, a produção de petróleo superará a produção de derivados e como consequência, o País atingirá autossuficiência em derivados.
De acordo com o planejamento apresentado pela estatal, em 2020 a empresa prevê a capacidade de refino de 3,6 milhões de barris por dia. Já o consumo previsto será de 3,4 milhões de barris por dia.
Benildes Rodrigues com Agências