Petistas repudiam truculência de governo tucano do Paraná

pm professor parana

Cenas grotescas de violência praticadas pela polícia comandada pelo governador tucano do Paraná, Beto Richa (PSDB), contra os professores daquele estado, às vésperas do dia 1º de Maio, chocaram o país.

Em nota de repúdio, a Bancada do PT na Câmara repudiou “enfaticamente” a violência “injustificável e inaceitável” da Polícia Militar do Paraná contra professores e manifestantes que protestavam pacificamente em Curitiba (PR). O texto, assinado pelo líder Sibá Machado (AC) registra “perplexidade” diante das cenas de violência.

Os parlamentares do PT, Angelim (AC) e Ana Perugini (SP) da Comissão de Educação da Câmara, analisaram a diferença de tratamento dos governos do PT com os governos do PSDB.  Lembraram que o PT carrega na sua história o diálogo como sua maior referência.

“Nunca deixamos de ter o diálogo como ferramenta imprescindível para o êxito de uma gestão. O compartilhamento de ideias com movimentos comunitários, sociais, sindicais, lideranças políticas e empresariais sempre foi a tônica das administrações petistas”, lembrou o deputado Angelim.

Um dos exemplos que atestam a afirmativa do deputado Argelim é a atuação do Governo do Estado de Minas Gerais, comandado por José Pimentel (PT).  Recentemente, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) anunciou os avanços ocorridos nas negociações entre o governo petista e a categoria. Tal procedimento, segundo os professores mineiros, não ocorria há mais de 12 anos, período em que o Estado de Minas era governado pelo PSDB.

“O governo que terminou em 2014 não dialogava. Nós temos o mesmo comportamento, apresentamos pauta de reivindicações, pedimos negociação e mobilizamos a categoria. A forma como a gestão anterior fazia era de ignorar, não dialogar com os problemas que apresentávamos”, declarou então a coordenadora do sindicato, Beatriz Cerqueira. O episódio ocorrido no Paraná não difere do relato apresentado pela coordenadora.

 Na avaliação de Angelim, a truculência verificada no último fim de semana que dominou o noticiário nacional e internacional, é um exemplo a não ser seguido.

“Nem os profissionais da educação e nem outras categorias de trabalhadores merecem ser tratados a base de cassetetes”, repudiou Angelim.

Já a deputada Ana Perugini frisou que a educação é o “alicerce” que sustenta a sociedade. Para ela, é inquestionável o direito de organização e manifestação dos trabalhadores. Ela lembrou que essa garantia está consignada na Constituição de 1988 e essa liberdade precisa ser respeitada e garantida.

“Quando um governante utiliza o poder a ele concedido para agredir, em vez de ouvir, comete um crime”, observou a petista. Ela lembrou que o Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin, não se difere do Paraná.

“O movimento grevista é um movimento legítimo. É lamentável a forma de tratamento que os governos do PSDB do Paraná e de São Paulo vêm dando aos profissionais da educação”, lamentou Ana Perugini.

Benildes Rodrigues

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