Petistas repudiam tentativa de golpe militar no Equador

rands_delgadoParlamentares da bancada petista na Câmara endossam a posição do Governo brasileiro contra a grave tentativa de golpe militar ocorrida na quinta-feira (30) no Equador. Os deputados Maurício Rands (PT-PE) e Paulo Delgado (PT-MG) manifestaram solidariedade ao presidente do Equador, Rafael Correa, após a tentativa de golpe militar.

O comportamento dos militares rebelados do Equador, na avaliação dos parlamentares, representa uma grave ameaça à consolidação da democracia na América Latina.

“Isso representa uma regressão do sistema democrático no Equador e é péssimo exemplo para a América Latina. Neste continente temos uma cultura democrática em estágio mas, nos últimos anos, ela vem se consolidando. Espero que haja solidariedade de todos os governos do bloco para deter essa iniciativa dos militares equatorianos”, afirmou o deputado Paulo Delgado. O parlamentar elogiou a postura do Brasil e da OEA (Organização dos Estados Americanos), que condenaram o ato em nota.

O deputado Maurício Rands também repudiou o comportamento dos militares e disse que a Constituição precisa ser respeitada em todo o continente. “Nós do Partido dos Trabalhadores desejamos que a ordem democrática não seja atingida e que sejam asseguradas as mudanças sociais iniciadas pelo presidente do Equador. Como irmãos da América Latina, estamos atentos para que iniciativas assim não prosperem em nosso continente”, afirmou.

Golpe – O presidente Rafael Correa enfrenta um forte protesto de policiais, pois ameaça retirar uma série de benefícios econômicos dos militares e da polícia, dentro de seu plano de austeridade e enxugamento do setor público. O governo decretou estado de exceção depois de denunciar que enfrenta uma tentativa de golpe de Estado.

A situação de crise no país se agravou na quinta-feira (30), quando militares rebelados encurralaram Rafael Correa em um hospital de Quito, capital do Equador, durante 10 horas. Correa conseguiu deixar o hospital, que estava cercado por policiais rebelados, após uma ação de militares. Segundo as Forças Armadas, o enfrentamento deixou cinco militares feridos. Já a Cruz Vermelha disse que o tiroteio matou dois policiais e deixou 37 feridos.

Após o resgate, o presidente foi recebido na noite de quinta como um herói na Praça Maior de Quito. Do balcão do Palácio, Correa pronunciou um emocionado discurso no qual confessou ser este “um dos dias mais tristes” de sua vida, e “sem dúvida o mais triste” de quase quatro anos de governo. O presidente disse ainda que não revogará nenhuma das medidas que motivaram os conflitos.

Edmilson Freitas com agências

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