Deputados petistas repudiaram, nesta quarta-feira (11), as ameaças de morte que circulam na Internet contra o líder do MST, João Pedro Stédile. Uma imagem que circula no Facebook – divulgada até por um guarda municipal de Macaé (RJ) – coloca Stédile como um criminoso procurado pela polícia e refere-se a ele como “Inimigo da Pátria”. O “cartaz” oferece uma “recompensa” de R$ 10 mil e diz que ele é buscado “Vivo ou Morto”. Dois telefones são divulgados no material.
Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), a peça é “criminosa e fascista” e precisa ser investigada pela Polícia Federal. “Os autores desse crime de ódio devem ser responsabilizados de acordo com o Código Penal e nós precisamos fazer uma reflexão acerca da disseminação desse ódio de classe que vem sendo promovido, inclusive, por partidos no Congresso Nacional que também estimulam o golpismo contra o governo da presidenta Dilma Rousseff”, afirmou Valmir, que é fundador do MST na Bahia.
Outro deputado petista da Bahia, Afonso Florence, avalia que a ameaça a Stédile está conectada à “pauta obscurantista” da oposição conservadora. “A direita derrotada na eleição organizou uma agenda de ódio de classe, mas o povo brasileiro vai defender as suas conquistas e suas lideranças. Stédile é uma delas e nós hipotecamos apoio incondicional a ele e os criminosos que o ameaçam devem ser identificados e punidos na forma da lei”, defendeu Florence, que foi ministro do Desenvolvimento Agrário no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Rogério Tomaz Jr.