Deputados do PT repudiaram, em plenário, a atuação violenta da polícia de São Paulo para reprimir servidores, professores e manifestantes que ocuparam a Câmara Municipal de São Paulo na manhã desta quarta-feira (14), contra a Reforma da Previdência municipal proposta pelo governo do tucano João Doria. A proposta aumenta a alíquota de contribuição previdenciária dos trabalhadores de 11% para 14%.
A polícia agiu de forma violenta deixando pelo menos seis pessoas feridas, incluindo professores da rede municipal. Duas mulheres foram agredidas com um cassetete pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) protestou na tribuna. “É inaceitável a violência com que professoras e professores foram tratados hoje em São Paulo, pela Polícia Militar, em protesto pacífico contra o desmonte da Previdência Municipal proposta pelo prefeito João Doria (PSDB). Paulo Teixeira destacou que o projeto de reforma afeta mais de 200 mil servidores da cidade.
Também da tribuna, o deputado Vicentinho (PT-SP) disse que ficou indignado com as cenas que viu pela Internet. “Estou indignado! O prefeito de São Paulo, o Doria, o viajante, em vez de atender com respeito os professores que estão em greve, ordenou que a Guarda Civil batesse, batesse e batesse em homens e em mulheres! Há mulheres feridas pelo chão. Isso é uma coisa inaceitável, pior do que a ditadura militar!”, criticou.
Vicentinho se solidarizou com os trabalhadores municipais de São Paulo. “E eu tenho certeza que os membros da Guarda Civil estão sendo obrigados a agredir os trabalhadores em greve, estão cumprindo uma ordem que não deveria sequer ser cumprida! Não se resolve greve dessa forma”, ponderou e acrescentou: “O prefeito Doria tem o meu total repúdio por essa atitude violenta, inclusive, usando indevidamente as forças públicas”.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP), além de repudiar a violência contra os servidores públicos municipais, registrou a solidariedade ao movimento de resistência contra a reforma. “Quero também parabenizar os professores municipais que hoje ocuparam as dependências da Câmara Municipal de São Paulo, protestando contra o Sampaprev, que é um projeto de lei do prefeito Doria que quer, praticamente, acabar com a aposentadoria dos funcionários públicos do município de São Paulo”.
Nilto Tatto destacou ainda que em pouco mais de um ano na prefeitura de São Paulo, Doria “só fez entregar o patrimônio público para a iniciativa privada, abandonou a cidade e, agora, quer acabar com a aposentadoria do funcionalismo público”.
Vânia Rodrigues
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