Petistas reagem contra reforma da Previdência que fere de morte direitos do povo brasileiro, especialmente dos pobres

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Parlamentares da Bancada do PT na Câmara manifestaram indignação, em pronunciamentos na Tribuna, com o conteúdo da reforma da Previdência anunciada hoje pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Para o deputado Décio Lima (PT-SC), a proposta é mais um atentado aos direitos dos trabalhadores. “Essa proposta nada mais é do que um conjunto de regras para tirar direitos consagrados da população brasileira garantidos pela Constituição cidadã de 1988.  Os pobres do nosso País são os trabalhadores do campo e da cidade. Os problemas do País, com relação ao equilíbrio das contas públicas estão, na grande maioria, vinculados à dívida pública, aos interesses dos banqueiros e dos rentistas”, disse.

O ajuste fiscal e a reforma da Previdência, explicou Décio Lima, são mudanças que não podem onerar somente a base da pirâmide social, bem como não podem matar o paciente para curar a doença. No caso da Previdência Social, como em outras frentes, o governo ilegítimo  se faz valer de falácias para convencer a população e quase sempre o faz com o apoio da mídia comprometida com a plutocracia. Enfim, resumo da ópera bufa da reforma da Previdência, anunciada pelo próprio Temer: para os mais pobres, mais tempo de contribuição, benefícios menores e por menos tempo, enquanto mantém privilégios para os mais ricos”, lamentou o deputado do PT.

O deputado Marcon (PT-RS) reiterou que a reforma da Previdência do governo Temer é o preço do golpe que o povo vai pagar. “Isso que o governo de Michel Temer está fazendo é o valor e o custo que o povo brasileiro teve com o golpe da retirada da  Presidente Dilma. Quem vai pagar esse custo é o nosso povo, os nossos trabalhadores”, disse.

Marcon também criticou as ameaças contra a agricultura familiar no que se refere à Previdência. “Hoje a agricultura familiar é quem mais contribui com a  Previdência, contribui na hora em que faz as suas compras e na hora em que vende. Tudo aquilo que é vendido é descontado dois e meio por cento e aí o agricultor que começa a trabalhar muito cedo, mesmo fora da lei, por obrigação familiar, tem que se aposentar com 65 anos para homem e 65 anos para mulher. Aonde é que esse governo vai querer parar? Por que o Governo não mexe nos altos salários, nos privilégios que tem neste País? Não, tem que mexer naqueles debaixo da pirâmide”, frisou.

Também o deputado Paulão (PT-AL) manifestou preocupação com a chegada ao Congresso da proposta que, de acordo com ele, provoca inquietação na base do governo golpista de Temer. “Percebemos uma inquietação na própria base do governo. Percebemos um processo reativo muito forte de vários parlamentares que, no dia em que ocorreu o processo de impedimento da Presidenta Dilma, estavam eufóricos. Será que não sabiam que o processo de impedimento da Presidente Dilma teria que vir com vários pacotes, dentre eles uma açodada reforma da Previdência que prejudica sobremaneira os trabalhadores que iniciam com uma idade menor, a partir de 14, 15 anos de idade?”, questionou o petista.

O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) disse que houve alerta de que o golpe que retirou a presidenta Dilma do poder tinha também o objetivo de atacar os trabalhadores. “Na verdade, tratava-se de um golpe não destinado especialmente ao seu afastamento ou para atingir diretamente o Partido dos Trabalhadores, mas tratava-se, de fato, de um duro golpe, de uma  afronta aos direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Queremos revelar toda a nossa insatisfação, nosso descontentamento, nossa repulsa a essa reforma da Previdência que fere de morte os direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro, especialmente da população mais pobre”, disse o petista.

Gizele Benitz     

Fotos: Gustavo Bezerra e Salu Parente
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

        

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