Petistas reafirmam que Dilma não cometeu crime e o golpe é contra a democracia e os direitos do povo

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Parlamentares da Bancada do PT na Câmara ocuparam a Tribuna da Casa nesta segunda-feira (29) para reafirmar que a presidenta Dilma Rousseff, eleita por 54 milhões de votos, está sendo condenada por um crime que não cometeu, o que significa golpe parlamentar.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder do PT, afirmou que é inaceitável o golpe parlamentar que atinge hoje a democracia brasileira e que se instalou um tribunal de exceção. “Que tenta condenar uma mulher inocente por um crime que ela não cometeu. Isso é grave! Uma mulher que não cometeu um único crime está sendo julgada em definitivo por um processo que foi aberto por um dos políticos mais corruptos que a história do Brasil conheceu que se chama Eduardo Cunha. Esse golpe é contra um projeto de gestão pública. Não é um golpe contra a presidenta apenas, é um golpe contra um conjunto de políticas públicas que estão sendo implementadas no País.

O País, acrescentou Henrique Fontana, “está virado de cabeça pra baixo, a hipocrisia e o cinismo campeiam nas palavras de muitos senadores. Mas o povo brasileiro está atento, a história vai mostrar de que lado está o justo”, disse o vice-líder do PT.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) reiterou em pronunciamento no plenário que o que está acontecendo no Brasil é golpe. “E o golpe se dá primeiro à democracia; segundo aos direitos do povo; e terceiro golpe ao patrimônio público. É a maior injustiça que se faz à democracia e a uma presidenta honrada, honesta.
Contra o Golpe, pela permanência da democracia!”, afirmou.

Para o deputado Assis Carvalho (PT-PI) a presidenta Dilma colocou muito bem a diferença entre o golpe militar, como aconteceu em 1964 e o golpe parlamentar que o Brasil vive neste momento. “Eu não acredito que os golpistas de hoje não reconheçam que, em 1964, houve um golpe. Será que vamos ter que esperar muito tempo para que os golpistas de hoje reconheçam que o golpe parlamentar que estão tentando dar hoje vai envergonhar a sua história, os seus filhos, os seus netos, a sua biografia? É isso que está sendo escrito na história daqueles que colocaram suas digitais nesse golpe parlamentar ridículo”, afirmou.

O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG) enfatizou que o golpe “não é só contra a presidenta Dilma, mas contra o Estado Democrático de Direito e de Justiça”. “Nós não podemos aceitar a vigência, no País, de um golpe desta dimensão”.

Para o deputado Enio Verri (PT-PR) a democracia está sendo atacada de forma injusta e desonesta. “O medo da democracia faz com que a elite queira retirar uma presidenta eleita com 54 milhões de votos diretos.
Sem dúvida alguma, o futuro vai nos dizer e vai provar, nos livros de História e vai caracterizar os golpistas de 2016”.

Para o deputado José Airton Cirilo (PT-CE) o golpe político parlamentar “é uma grande farsa” montada por amplos setores conservadores, envolvendo mídia, outros segmentos e, sobretudo, grandes interesses corporativos internacionais, descontentes com a forma de governo da presidenta Dilma.

“Ela é uma mulher séria, honesta, correta. Nós sabemos que a presidente da República não cometeu crime de responsabilidade. Este golpe é uma grande articulação internacional, porque o Brasil é uma Nação, hoje, respeitada, graças ao grande presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tirou o País do Fundo Monetário Internacional e o colocou como uma Nação autônoma, independente diante dos outros países, teve a ousadia de se articular com outros países para formar o BRICS, como a Rússia, a China, a Índia, a África do Sul e, com isso, desagrada grandes grupos e conglomerados internacionais”, afirmou o petista.

Já o deputado Luiz Couto (PT-PB) ressaltou que o martírio da presidenta Dilma lembra o martírio de São João Batista, celebrado pela igreja em 29 de agosto. “São João Batista foi degolado pelo poder da época, Herodes, e, hoje, tentam degolar a democracia através de um processo de impeachment que foi colocado de forma irresponsável, é algo que não tem consistência. A Bíblia diz que quem comete uma injustiça, e não se converte e não muda de vida, recebe a maldição de Deus e só terá tirada essa maldição após o processo de conversão em que a pessoa admita que errou, assim terá a misericórdia de Deus. Nesse sentido, não podemos deixar de dizer que é golpe. É pior do que golpe. É uma farsa”, disse.

O deputado Padre João (PT-MG) reiterou que o Brasil está testemunhando um golpe parlamentar. “Porque formou-se aqui uma maioria que discorda da política do ex-presidente Lula, da política da presidenta Dilma, política que empoderou os pobres, tirou o Brasil da submissão norte-americana. Então, é golpe! É golpe contra os trabalhadores rurais, é golpe contra todos os trabalhadores deste País, contra as mulheres, contra os pescadores, é golpe contra a nossa juventude! E a gente percebe esse desmonte do nosso País. É um desmonte de políticas e de programas, pelos golpistas, pelos traidores!”, disse.

Já o deputado Ságuas Moraes (PT-MT) reafirmou que “o que está em curso é um golpe, sim, porque impeachment sem crime de responsabilidade é golpe!”, disse.

O deputado Pedro Uczai (PT-SC) também destacou que o que está acontecendo hoje é um golpe na democracia. “Se consolidarem o golpe, vai ficar para a história que a presidenta Dilma foi golpeada na democracia e na Constituição”.

O deputado Marcon (PT-RS) disse que não se pode aceitar o golpe que tentam praticar no País. “Não podemos deixar que o retrocesso se instale no Brasil, lutaremos até o fim para que a democracia prevaleça. Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás. Não ao Golpe!! Fora Temer!”.

Também o deputado Waldenor Pereira (PT-BA) reafirmou que é golpe. “Um golpe institucional parlamentar, numa afronta à democracia brasileira”.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) elogiou o pronunciamento da presidenta Dilma na sessão de julgamento no Senado. “Parabenizo a presidenta Dilma e ela está provando que nenhum daqueles 81 senadores, muitos dos quais querem cassar o seu mandato, têm preparo sequer igual ao dela na política brasileira, quanto mais um preparo melhor do que o dela”.

Gizele Benitz
Foto: Divulgação

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