Ainda repercute entre os parlamentares da Bancada do PT na Câmara a invasão ao plenário da Casa, ocorrida na quarta-feira (16) por um grupo extremista que gritava palavras de ordem como “Viva Sérgio Moro” e “Intervenção Militar”. O grupo, de cerca de 60 pessoas, foi retirado pelos seguranças após quase três horas ocupando o plenário, subindo na mesa dos trabalhos, quebrando microfones e jogando a Bandeira do Brasil no chão.
Para o deputado Marco Maia (PT-RS), “não podemos permitir a forma como agiram neste plenário, com palavras de ordem sendo gritadas em apologia à ditadura”. E disse mais: “Esta é a Casa do Povo. As regras aqui devem valer para todos. E o melhor lugar para se manifestar aqui dentro é nas galerias, que, na minha opinião, devem estar sempre abertas para receber todos aqueles de qualquer matriz ideológica que venham até esta Casa”, afirmou Marco Maia, ex-presidente da Câmara.
Para o deputado Luiz Couto (PT-PB), a invasão pode ter sido “orquestrada” por parlamentares. “Ao conversar com colegas, após o ocorrido, muitos opinaram que para um grupo de pessoas entrar no Plenário da Câmara, em dia de sessão, sem terno e gravata e ainda por cima armada, sua entrada só poderia ter sido orquestrada por algum ou alguns parlamentares. Espero que quem facilitou que essas pessoas entrassem armadas na Câmara, seja punido severamente e que isso não venha a acontecer novamente. Esse tipo de ação é inaceitável”, frisou o petista.
Gizele Benitz
Foto: Divulgação