Parlamentares da Bancada do PT na Câmara ocuparam a Tribuna nesta terça-feira (8) para manifestar repúdio à invasão policial na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Guararema, São Paulo, ocorrido na última sexta-feira (4).
O deputado Luiz Couto (PT-PB) afirmou que o ato foi uma arbitrariedade. “Policiais civis invadiram a escola, sem mandado judicial, atirando em direção das pessoas e as aterrorizando, como se fosse um campo de guerra. É preciso que os que agiram desta forma, com atos de violência e barbárie sejam punidos e as pessoas que ali se encontravam tenham seus direitos constitucionais preservados, a fim de evitar a perseguição de lideranças populares que hoje são grandes referências nas lutas pelas comunidades”, disse.
O parlamentar petista ressaltou ainda que estas ações arbitrárias e ilegais têm ocorrido também em outros estados do país. “Ações como estas vêm acontecendo também no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Trabalhadores estão sendo coagidos, presos e em muitas vezes feridos sem um mero motivo criminal que justifique tais operações. Simplesmente, violam o domicílio onde se concentram os trabalhadores sem-terra e saem atirando e prendendo os líderes do movimento”, afirmou.
“Por isso, todos os parlamentares do Partido dos Trabalhadores estarão empenhados em monitorar estas ações truculentas e que desrespeitam o direito ao livre arbítrio e aos direitos humanos neste país. Não podemos abaixar a cabeça diante da situação alarmante que vive este país. Ditadura nunca mais!”, enfatizou o deputado Luiz Couto.
Na avaliação do deputado Marcon (PT-RS), “isso está acontecendo porque o Movimento dos Sem Terra grita por justiça, por solidariedade. Esse movimento foi e é contra o golpe na dignidade do povo brasileiro. Quero dizer ao governo ilegítimo e sem votos de Michel Temer, assim como aos governos tucanos do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, que eles não vão conseguir atingir o seu objetivo, que é o de acabar com o MST”, afirmou.
Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP), a invasão faz inveja aos piores momentos da ditadura militar. “Porque querem calar também as entidades, as organizações e os movimentos da sociedade brasileira. A Escola do MST é um lugar onde se capacita na área de agroecologia, do cooperativismo, capacita lideranças para a organização social. Parabenizo o MST que resistiu. Com isso, o povo mostrou claramente que é possível resistir a essa afronta, a esse processo de intimidação e de criminalização que os golpistas querem desencadear no Brasil”, destacou o petista.
O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) afirmou que “foi uma violência, uma brutalidade sem precedentes na história do nosso País. É inaceitável esse tipo de atitude”, disse.
Também o deputado Valmir Assunção (PT-BA) reiterou que “a invasão da polícia do estado de São Paulo, do PSDB, à Escola Nacional Florestan Fernandes é um absurdo. E é também um absurdo que a polícia continue perseguindo os movimentos sociais neste Brasil”.
Gizele Benitz