Parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores ocuparam a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (3) para manifestar repúdio ao substitutivo do relator Arthur Maia (PPS-BA) à proposta de Reforma da Previdência (PEC 287/16), encaminhada pelo governo golpista de Michel Temer no final do ano passado. A PEC é considerada pelos parlamentares como uma afronta ao direito dos trabalhadores de se aposentarem e está sendo apreciada na comissão especial destinada a emitir parecer sobre o tema.
Para o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a proposta acaba com a renda das pessoas na velhice. “Golpe sempre é muito violento porque é um golpe. Esta antirreforma, ataca violentamente os mais pobres e os idosos. Querem passar uma renda mínima depois de 68 anos de idade. É uma vergonha”, protestou indignado o deputado mineiro.
“Queremos aqui reafirmar a nossa posição de combater essa reforma cruel da Previdência, porque piora cada vez mais a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras”, afirmou o deputado Assis Carvalho (PT-PI).
Ao se pronunciar, o deputado Décio Lima (PT-SC) disse que, mesmo em minoria, os partidos de oposição vão resistir e lutar para derrotar as propostas do ilegítimo. “Estamos na resistência, na defesa contra a reforma Trabalhista, contra essa agressão aos direitos históricos dos trabalhadores, contra a reforma da Previdência, resistindo aqui a esse atentado à conquista da cidadania do nosso povo”, frisou.
O deputado Caetano (PT-BA) chamou a atenção para a retaliação e chantagem que Michel Temer está fazendo com os deputados da base aliada que votaram contra a Reforma Trabalhista. “Esta Casa não pode se ajoelhar perante um presidente ditador, que ameaça a sua base, que humilha seus deputados para que eles votem a famigerada reforma da Previdência”, denunciou.
“Esta reforma não vai ser aprovada nesta Casa. Eles não vão conseguir os 308 votos necessários, porque quem vota com este presidente, que já está sepultado, será sepultado junto com ele”, sentenciou Caetano.
Benildes Rodrigues