Foto : Gustavo Bezerra
A Câmara dos Deputados realizou hoje (2) sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down e Conscientização sobre o Autismo, comemorado dia 21 de março. A data foi instituída pela Down Syndrome International e é comemorada no Brasil desde 2006.
“A condição humana não pode ser infundada por questão de cromossomos ou em função de comportamentos”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF), uma das autoras da solenidade. De acordo com ela, a homenagem serve para descontruir o estigma e o preconceito, além de ser absolutamente importante para criação de normas e regras que beneficiem os portadores do down. “É preciso dar mais auxílio para essas pessoas, sem politicas públicas nós não temos inclusão”, complementou.
Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), presente à solenidade, a homenagem vem para mostrar a importância dessas pessoas que muitas vezes são excluídas da sociedade. De acordo com a parlamentar, até as famílias que possuem uma condição financeira equilibrada sofrem com a questão da inclusão. “Nós precisamos penetrar nesse universo para aprimorar nosso conhecimento. Tive um irmão com necessidades especiais e aprendi muito com ele”, contou. Para ela, poder trabalhar com as diferenças é uma forma do ser humano se capacitar e amadurecer.
Na opinião do deputado Amauri Teixeira (PT-BA), vivemos em uma sociedade extremamente excludente. “Esta homenagem serve para mudar a visão da sociedade em relação aos portadores de necessidades especiais”, disse o deputado. Ele lembrou a aprovação de um portador de síndrome de dowm em vestibular na universidade federal do Goiás. Para ele, é preciso estabelecer politicas que sejam capazes de incluir essas pessoas sem discriminar, sem excluir. “Os obstáculos não estão neles, os obstáculos estão no nosso preconceito”, observou.
Durante a solenidade, a Associação Cultural Namastê, grupo de dança inclusiva, fez apresentação com portadores de necessidades especais. Para a presidente da associação, Luciana Vitor, a homenagem é muito importante para mostrar o valor que essas pessoas têm. “A nossa apresentação é para mostrar para sociedade que eles existem, que são capazes e têm grande potencial”, disse.
André Lage