O presidente em exercício da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), divulgou nota nesta quarta-feira (22) lamentando a morte do jornalista Ruy Mesquita, que dirigia o jornal O Estado de S. Paulo desde 1996. O jornalista morreu na terça-feira (21), aos 88 anos. Ele estava internado desde abril e os médicos haviam diagnosticado um câncer na base da língua.
“O Brasil perde um de seus homens públicos mais indispensáveis, uma personalidade que lutou por um país verdadeiramente livre. Era um homem culto e honrado, um jornalista talentoso. Ruy Mesquita foi um defensor da liberdade e da democracia”, afirma a nota assinada pelo deputado André Vargas.
Da Tribuna da Câmara, o deputado José Genoino (PT-SP), também prestou homenagem ao jornalista Ruy Mesquita. “Um jornalista que marcou pelas suas convicções as suas opiniões; um jornalista que enfrentou dois momentos importantes na vida política brasileira, seja no período Vargas, seja na ditadura militar, com posições liberais e coerentes”, disse o petista.
José Genoino lembrou que conviveu com Ruy Mesquita. “Quando eu era colaborador do jornal O Estado de S. Paulo, durante mais de 10 anos, e após a denúncia que gerou a Ação Penal nº 470, sempre tive por Ruy Mesquita uma admiração, um respeito e uma conversa muito sincera e franca desse grande jornalista”, disse.
“A Câmara deve reverenciar esse grande jornalista. Independentemente de concordar ou não com as suas opiniões, independentemente das divergências, quero dizer que o jornal O Estado de S. Paulo e o jornal A Tarde foram os únicos jornais da grande imprensa a serem censurados na época da ditadura”, enfatizou o deputado José Genoino.
Gizele Benitz