A queda de 11% no desmatamento da Amazônia, registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2010 e julho de 2011, foi elogiada por deputados do Partido dos Trabalhadores.
A Amazônia perdeu 6.238 quilômetros quadrados de floresta, menor taxa anual registrada pelo Instituto, desde início do levantamento, em 1998. O cálculo foi feito pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), que conta com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, e é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Na avaliação do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), a queda do desmatamento da Amazônia deve ser atribuída às ações do governo da presidenta Dilma Rousseff, em especial, ao trabalho desenvolvido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “As ações de fiscalização, conscientização e repressão aos desmatamentos têm colaborado de forma eficaz para o desenvolvimento do país com sustentabilidade. Precisamos, no entanto, continuar trabalhando para reduzir a área desmatada na Amazônia Legal que, em um ano, segundo o Inpe, é maior que o Distrito Federal ou corresponde a quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo”, afirmou.
Para o deputado Miriquinho Batista (PT-PA), as políticas de meio ambiente implementadas pelo governo federal influenciam tanto na redução do desmatamento como na formação da consciência crítica do ser humano. “Temos, no entanto, que atacar duas frentes. Primeiro, uma fiscalização mais eficaz, qualificada e com maior contingente de funcionários. Segundo, uma legislação ambiental mais moderna e um programa voltado para o manejo e o reflorestamento que resolva a questão”, destacou.
De acordo com o levantamento, o Pará continua liderando o ranking anual de desmatamento, com 2.870 km² de florestas a menos no período. “Além da questão territorial, temos indústrias de mineração no sul do estado, e a competição entre os fornecedores de carvão, o que acaba favorecendo o desmatamento, apesar da queda de 15% em relação a 2010”, explicou Miriquinho.
O deputado Padre Ton (PT-RO), acredita que a fiscalização e o combate ao desmatamento da Amazônia, somada à conscientização das pessoas em relação à preservação do meio ambiente têm surtido efeito. Entretanto, ele defende uma fiscalização mais ostensiva, principalmente com relação a extração ilegal de madeira.
De acordo com levantamento do Inpe, Mato Grosso e Rondônia foram os únicos estados da Amazônia que verificaram aumento das derrubadas. Mato Grosso desmatou 1.126 Km2 no período, um aumento de 20% em relação a 2010. E Rondônia, 869 Km2 , o dobro da área desmatada no ano passado.
Ivana Figueiredo com Agências
